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Governador do Banco de Portugal considera supervisor “melhor defensor do desenvolvimento”

O governador do Banco de Portugal, Carlos da Silva Costa, considerou hoje, em Luanda, que o melhor defensor do desenvolvimento económico é a “entidade supervisora bancária”, sobretudo quando “impõe métodos de avaliação de risco para alocação efetiva de recursos”.

“Temos de persuadir as autoridades públicas que o melhor defensor do desenvolvimento económico é o supervisor quando impõe métodos de avaliação de risco, porque uma avaliação de risco imperfeita é uma alocação errada de capitais”, afirmou Carlos Costa, durante uma conferência sobre Governação Corporativa no setor Bancário.

Segundo o responsável, os bancos centrais devem igualmente ter o poder de persuadir os acionistas da banca comercial que o seu melhor defensor é o supervisor que desempenha o mesmo papel para os depositantes.

Carlos Costa, falando sobre a Governação Corporativa em Portugal, onde apresentou “quatro linhas de defesa para a proteção da estabilidade financeira”, referiu que o modelo de governação “deve ser dinâmico porque ele determina a prazo o risco”.

“Não lhe escondo que a maioria das instituições europeias hoje têm um adicional de requerimento de exigência de capital que não resulta do risco já envolvido, mas resulta da qualidade do governo que tem onde se integra a auditoria interna e externa”, afirmou.

Para Carlos Costa, é fundamental os supervisores e bancos centrais perceberem a necessidade de “transitarem de uma atitude passiva para uma atitude intrusiva”, pois, assinalou, têm “que passar para uma atitude holística com uma componente muito focalizada em função das circunstâncias”.

O governador do Banco de Portugal afirmou também que na componente dos riscos sistémicos os níveis de capital não determinam “a robustez da instituição em função do nível de capital e do risco que incorre”.

“Ter uma instituição capitalizada com 20 por cento de capitais próprios, mas com nível de risco que põem em causa na primeira curva, significa que a instituição não sobrevive, o que significa que temos de assegurar basicamente uma clara adequação entre capital e risco”, atirou.

A conferência sobre Governação Corporativa no setor Bancário foi promovida, em Luanda, pelo Banco Nacional de Angola.

Lusa

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Lusa

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