Garcia Pereira evita “homicídio profissional” ao deixar o PCTP-MRPP

O “simples cidadão que dá pelo nome de António Garcia Pereira” cansou-se do “ataque puramente pessoal” de que alega ser vítima no PCTP-MRPP e abandonou o partido para que este não tenha como “objetivo primordial o homicídio de carácter, profissional e pessoal”.

Garcia Pereira, o ‘eterno’ líder do PCTP, abandonou a chefia do partido.

Em causa estão os maus resultados do PCTP-MRPP nas legislativas de 4 de outubro, que levaram a que Garcia Pereira fosse suspenso pelo Comité Permanente do Comité Central.

Numa nota que enviou à agência Lusa, o dirigente revelou ter-se fartado dos “ataques pessoais” e demitiu-se da liderança do partido.

“Informo que, embora com uma enorme mágoa, mas também com a firme convicção de que a História não nos deixará de julgar a todos, me vi constrangido, como única alternativa com um mínimo de dignidade, a apresentar, no passado dia 18 de novembro, a minha demissão”, escreveu Garcia Pereira.

Na base da decisão estiveram “os permanentes ataques pessoais e imputações infamantes de toda a ordem, sem qualquer possibilidade de debate”, de que é alvo no jornal do partido na Internet.

No Facebook, este “simples cidadão que dá pelo nome de António Garcia Pereira” foi um pouco mais longe nas explicações: “Renovo igualmente o meu apelo de sempre a todos os que se prezam de ter princípios para que se escusem a usar dos mesmos métodos (como os da delação encomendada, da mentira mais despudorada ou do ataque puramente pessoal e infamante) que precisamente critico naqueles que, pelos vistos, pretendem transformar em objectivo primordial do partido, não só a destruição política, como também o homicídio de carácter, profissional e pessoal deste simples cidadão que dá pelo nome de António Garcia Pereira”.

O texto no Facebook terminou com Garcia Pereira a “reafirmar a posição de sempre, de continuar a não prestar declarações ou informações de qualquer natureza e seja a quem for, em particular à comunicação social”.