A CGTP não assinou um acordo com o Governo de José Sócrates, em março, mas vai agora a sentar-se na mesa das negociações com o executivo de Passos Coelho, apesar de discordar das políticas.
“Sabíamos que as negociações com José Sócrates eram uma encenação, porque sabíamos que Portugal iria submeter-se a políticas de recessão”, justifica. Mas a presença na concertação social com outras razões.
“Está a acontecer um retrocesso civilizacional. Mas os portugueses sabem que, quando nos roubam, não é indiferente que nos roubem 10 ou 20. A CGTP tem obrigação de fazer tudo o que for possível para evitar prejuízos maiores”, disse Carvalho da Silva.
O Fundo de Compensação do Trabalho “é uma peça de um processo que tem como objetivo acabar com as indemnizações nos despedimentos sem justa causa”.
Segundo Carvalho da Silva, trata-se de uma medida “extraordinariamente perigosa”. E “é preciso ter consciência de que está em marcha um processo que pretende acabar com as indemnizações nos despedimentos”.
Carvalho da Silva parte para a negociação “sem expectativa”, porque sabe que “as políticas do Governo não geram emprego nem crescimento”.
A CGTP apresenta como proposta “o fim das políticas recessivas, trabalhar para o emprego, para o crescimento, para salvaguarda do estado social”.
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