Contra a violência e o fundamentalismo, o Facebook. O fundador da mais popular rede social escreveu um artigo a criticar o atentado contra o jornal Charlie Hedbo e prometeu que, enquanto mandar na empresa, não existirá censura (religiosa) no Facebook.
“O Facebook sempre foi um espaço onde as pessoas de todo o mundo partilham os seus pontos de vista e as suas ideias”, recordou Zuckerberg: “Seguimos as leis em cada país, mas nunca deixamos que um país ou um grupo de pessoas dite o que se pode partilhar em todo o mundo”.
Na mensagem, o fundador da rede social revelou que recebeu ameaças de morte por não mandar retirar posts de outros utilizadores sobre o profeta Maomé.
“Há uns anos, um extremista no Paquistão lutou para me sentenciar à morte porque o Facebook recusou censurar conteúdos sobre Maomé que o ofendiam”, recordou: “ Batemo-nos por isto porque as vozes diversas, mesmo que por vezes sejam ofensivas, podem fazer do mundo um sítio melhor e mais interessante”.
Perante os seus mais de 31 milhões de seguidores, Zuckerberg garantiu estar “comprometido em construir um serviço onde se pode falar livremente sem medo da violência”, acrescentando que fará a sua parte para “rejeitar” quem tenta “silenciar” os outros: “À medida que reflito sobre o ataque de ontem [quarta-feira] e sobre a minha própria experiência com o extremismo, isto é o que todos temos de rejeitar – um grupo de extremistas a tentar silenciar as vozes e as opiniões de toda a gente em todo o mundo”.
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