A teoria do bastonário assenta na incapacidade dos doentes em comprar medicamentos, devido ao fim das comparticipações. Sem fármacos e um tratamento adequado, sofrerão efeitos na saúde e recorrerão aos hospitais, com consequências para o erário público.
“Nos medicamentos anti-asmáticos, transferem-se custos para o cidadão que já está espremido pelos impostos”, sublinha José Manuel Silva. E se um doente deixar de ser convenientemente tratado, “isso terá repercussões por vias indiretas no aumento da despesa de saúde”.
Por outro lado, “um doente inconvenientemente tratado não consegue trabalhar”. Acaba por “recorrer mais vezes ao hospital”, o que acarreta “consequências”. Estas decisões, estes cortes, “têm de analisados”.
O problema afetará, naturalmente, os pacientes com maiores fragilidades económicas, mas, numa visão ampla, todo o Sistema Nacional de Saúde. Daí que, segundo José Manuel Silva, cortar nas comparticipações seja “imponderado”.
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