Fernando Lopes perdeu a batalha com o cancro aos 76 anos. O cineasta faleceu esta quarta-feira em Lisboa, na unidade da Cruz Vermelha, onde estava hospitalizado. O cancro, detetado há cerca de um ano, e uma pneumonia que lhe fora diagnosticada nos últimos dias, acabaram por se tornar fatais para o cineasta.
Para trás, Fernando Lopes deixa o seu enorme contributo ao cinema português. À semelhança de Manoel de Oliveira e de Paulo Rocha, era olhado como um dos símbolos da sétima arte e uma das individualidades que mais fez pelas artes em Portugal.
Obras que dirigiu, são mais de cinco dezenas, entre os anos em que trabalhou na RTP, produzindo documentários, e filmes, após ter estudado na London Film School e estagiado em Hollywood, Los Angeles, EUA.
Entre outros trabalhos, destacam-se ‘Crónica dos Bons Malandros’ (1983), ‘Nós Por Cá Todos Bem (1976), ‘Matar Saudades’ (1988) e ‘O Fio do Horizonte’ (1993).
‘O Delfim’ acabaria por se tornar na sua obra mais conhecida e mediática. A longa-metragem, filmada em 2002, retratava o nosso país do tempo da Guerra Colonial e o final da ditadura de António Oliveira Salazar.
Entre as distinções, destacam-se a Ordem do Infante D. Henrique, atribuída pelo então Presidente da República Mário Soares, e a Ordem de Mérito Artístico, atribuída pelo governo francês.
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