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“Fidalgotes eriçados quando se trata de discutir futebol”

Antigo inspetor da Polícia Judiciária e ex-presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores lamenta o estado da saúde em Portugal, mostrando-se admirado como é que o povo português não olha com reparos e indignação para o ministro da Saúde.

Fazendo um paralelo com o futebol, Moita Flores nota que o povo português se tem indignado, nas últimas semanas, por conta do futebol, nomeadamente da prestação da Seleção Nacional de Portugal no Campeonato do Mundo, no Catar, e as exibições e atitudes de Cristiano Ronaldo.

No entanto, idênticos reparos não vê serem feitos em relação a Manuel Pizarro, o titular da pasta da Saúde no governo de António Costa.

“Como disse Miguel Torga, ‘o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado’”, começou por citar Moita Flores na reflexão que deixa nas redes sociais.

“Mas daqui não passamos pelo que o grande poeta transmontano conclui: ‘Somos, socialmente, uma coletividade pacífica de revoltados’. Por vezes, corajosos, boa parte do tempo, comendo e calando, campeões das minis e tremoços, fidalgotes eriçados quando se trata de discutir futebol, ou melhor dizendo, proclamando verdades tão universais (mesmo que essas verdades sejam falsas) que, em poucos segundos, somos os maiores indignados de um lugar qualquer.”

Moita Flores diz que se sente “indignado” com o “estado de degradação a que chegámos”, onde existem “urgências a abarrotar, hospitais com serviços fechados, milhares de pais e crianças em aflição, embora pacificamente revoltados”.

“Se fosse a anterior ministra, uma mulher, haveria bordoada de criar bicho”

“Se fosse a anterior ministra, uma mulher, haveria bordoada de criar bicho. Mas agora temos um homem, o senhor Manuel Pizarro, criatura de sorriso largo, treinado para o ‘parlapié’ que amansa a nossa indignação, embora não resolva”, assinalou o antigo autarca de Santarém, em mensagem deixada nas redes sociais.

Moita Flores fala de Pizarro como alguém “cordial, amigo do seu amigo, fintando como só o Messi consegue fazer (repararam como já expulsei o Ronaldo, cumprindo as sugestões de alguns analistas da mais fina água), e confortando com passes de laracha médicos, enfermeiros, doentes e, por aí adiante”.

Apontando para aquilo que denomina de “desastre hospitalar”, Francisco Moita Flores insiste que “ninguém está revoltado contra o Pizarro, bom homem, como já disse, amigo do seu amigo, que anda por aqui aos papéis”.

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