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Festival Manobras leva artes performativas a salas e ruas de dez municípios

Aproximar as artes performativas das populações é o objetivo do Manobras – Festival de Marionetas e Formas Animadas, que leva quase três dezenas de propostas a dez municípios, entre 13 de setembro e 31 de outubro.

Nesta terceira edição, Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Pombal, Sobral de Monte Agraço e Tomar – todos associados da Artemrede, que produz o Manobras – embarcam nesta aventura multidisciplinar, herdeira da Festa da Marioneta.

Ao todo são 19 espetáculos, cinco oficinas e quatro projetos audiovisuais a apresentar em sala e também na rua e espaços menos óbvios, explica à agência Lusa a diretora executiva da Artemrede, Marta Martins.

“Há municípios que apostam na programação em espaços públicos não convencionais, que por vezes são pouco conhecidos da população. Isso surpreende as pessoas e leva-as a lugares onde normalmente não iriam ou que não conhecem tão bem”, afirmou a diretora executiva da Artemrede.

Esta edição é marcada pela heterogeneidade, com propostas para todas as idades e também para plateias que vão do indivíduo à multidão.

“A programação é muito diversa”, explica Marta Martins, pegando no exemplo de “Guardar segredo”, espetáculo de rua que só aceita um espectador: “Há um armário numa praça onde se entra e se ouve uma história”. Sem ser pensado para grandes massas, Manobras também pode atrair centenas de espectadores quando chega a espaços como a praça em frente ao Mosteiro de Alcobaça.

A par das marionetas, na génese do festival, Manobras assume-se “claramente multidisciplinar”, congregando artes de rua, novo circo, teatro físico, dança e música.

“É um espaço de encontro e de surpresa entre o que é a vida nas cidades e as artes performativas”, sublinha a diretora da Artemrede.

Numa experiência única em Portugal, pelo segundo ano o público tem voz especial no Manobras. A partir do exemplo do festival Kilowatt, de Itália, a Artemrede e os municípios formam grupos de espectadores para refletir e decidir o que será apresentado.

É o projeto “Visionários”, que envolve o espetador no ato de programar: “Estes grupos de espectadores, que não tinham tido qualquer contacto com o meio artístico a nível profissional, analisam propostas, veem aspetos fracos e fortes conforme o público que se quer atingir, o contexto em que se deve programar, o orçamento ou o ‘raider’ técnico do espaço”.

Esse exercício é, depois, vertido na programação. “No caso de Pombal, por exemplo, no conjunto das nove propostas, há três programadas pelos ‘Visionários’ de Pombal. É uma experiência única em Portugal”, frisa Marta Martins.

Este ano, além da participação de três companhias estrangeiras, destaque para a estreia da coprodução com Fernando Mota. “Mininu”, espetáculo para a infância inspirado em sons, histórias e ritmos da Guiné, estreia-se em Alcobaça a 20 de setembro, seguindo depois para Tomar, Pombal e Palmela.

Manobras arranca em Pombal, a 13 de setembro, com o espetáculo de artes de rua “Das cinzas”, da companhia FIAR. O encerramento é a 31 de outubro, em Aljubarrota, no concelho de Alcobaça, com “Fogo lento”, da coreógrafa italiana Costanza Givone.

Lusa

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