Ferreira do Amaral, antigo ministro das Obras Públicas que agora preside ao conselho de administração da Lusoponte, afirmou no Parlamento ser um “crítico muito grande” das parcerias público-privadas (PPP), que “foram um desastre” para as contas do Estado pois permitiram pensar que “tudo era possível porque não faltava dinheiro”.
“O maior problema é que, no auge das PPP, era difícil falar mal das PPP. Deus me livre de falar contra as PPP”, recordou Ferreira do Amaral, quando questionado, ontem, na comissão parlamentar de inquérito às PPP. Esse modelo de negócio tornou-se numa “tentação irresistível” para os autarcas e para as populações, pois assim viam avançar as obras sem que o Estado as pagasse diretamente.
Antes de deixar o Governo, em 1995, o então ministro terá tentado implementar uma “iniciativa legislativa para impedir este tipo de saída”, um modelo de negócio que era “mau para o Estado”.
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