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Falta de médicos no Algarve: Pedro Nunes quer autorização para “pagar mais”

O presidente do Centro Hospitalar do Algarve avança com as duas alternativas possíveis para resolver a falta de médicos na região, denunciada pela Ordem. “Ou o ministro permite que os hospitais paguem mais à hora ou obriga os profissionais a virem para cá”, diz Pedro Nunes.

Pedro Nunes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), concorda com o diagnóstico feito pela Ordem dos Médicos: a região lida com muitas dificuldades ao nível dos cuidados de saúde devido, em especial, à falta de clínicos.

De acordo com a Ordem, faltam mais de 250 médicos, cenário que poderá agravar-se durante o verão, altura em que a chegada de turistas faz triplicar a população. Para Pedro Nunes, o problema só se resolve com o reforço dos meios humanos, seja através da melhoria das condições financeiras, seja ‘à força’.

“Ou o ministro da Saúde permite que os hospitais algarvios paguem mais à hora ou obriga os profissionais a virem para cá, não abrindo vagas em mais lado nenhum”, afirmou o responsável, numa entrevista ao semanário Sol.

Nas condições atuais, os hospitais de Faro e Portimão (que integram o CHA) não são aliciantes, como ficou demonstrado “ainda há dias”, salientou: “o Ministério da Saúde abriu 42 vagas para anestesistas e atribuiu apenas uma ao Algarve, onde só há 30 destes especialistas para as duas urgências”.

“O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, ficou com seis vagas e os Hospitais de Coimbra com tantas outras”, mesmo tendo muitos mais anestesistas no quadro, complementou o dirigente do CHA.

Atualizando o diagnóstico da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes referiu que a carência de profissionais é sentida com especial gravidade nas áreas de anestesia, obstetrícia e nas urgências, sobretudo ao nível de médicos de clínica geral e familiar.

Os pagamentos estão tabelados à hora, com os médicos especialistas a receberem 30 euros  os não especialistas 25, independentemente da região onde trabalham. O presidente do CHA deixa a pergunta para o ministro: “se recebem igual em Lisboa, Porto ou Coimbra, que incentivo têm em vir para o Algarve?”

As regiões mais afetadas pela falta de recursos humanos devem ser autorizadas a pagar mais aos médicos que contratam à tarefa, insistiu Pedro Nunes.

O responsável está consciente de que o problema tem de ser solucionado independentemente da altura do ano em que os hospitais, como acontece no Algarve, lidam com situações especiais (no caso, o afluxo de turistas): “tem de se resolver pois cada vez é mais grave”

O problema “resulta da ideia do anterior ministro Correia de Campos” de fazer depender o financiamento da produção. “Quem tem mais médicos, faz mais e recebe mais, quem tem menos, vai ficando cada vez pior”, concluiu Pedro Nunes.

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