“Falta de médico” nas Caldas impede INEM de socorrer doente que acabou por falecer

Uma viatura médica de emergência e reanimação do INEM não pôde socorrer um homem, nas Caldas da Rainha, por estar “inoperacional”. “Falta de médico”, esclarece o Centro Hospitalar do Oeste. O doente, que teve de ser transportado pelos bombeiros, morreu no hospital.

Há uma nova polémica com a resposta do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Um homem, de 39 anos, acabou por falecer no Centro Hospitalar do Oeste (CHO) depois de ter sido transportado pelos bombeiros: a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do INEM esteve “inoperacional”.

Os problemas com a viatura foram confirmados, em comunicado, pelos responsáveis dos CHO.

“Lamentavelmente (…), na manhã do dia 28 de abril a VMER das Caldas da Rainha esteve inoperacional por um período de cerca de duas horas, entre as 08:00 e as 10:00, por falta de médico”, refere o texto assinado pelo conselho de administração (CA).

Durante esse período, o INEM recebeu um pedido de emergência para um homem de 39 anos.

“O socorro e o transporte do utente foram geridos pelo CODU”, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes)”, que na falta da VMER encaminhou o doente para os bombeiros das Caldas da Rainha.

Ainda citando o comunicado do CA, o homem “chegou ao Hospital transportado pelos bombeiros”, com o óbito a ser confirmado no serviço de urgência.

Não é conhecida a causa de morte, que “será apurada pela autópsia realizada pelo Instituto de Medicina Legal”, de acordo com a mesma nota do CHO.

O doente em causa, que terá sido vítima de hemorragias e de uma paragem cardiorrespiratória, era casado com uma enfermeira no hospital das Caldas da Rainha, tendo sido esta a ligar para o 112.

As duas VMER adstritas ao CHO (uma no hospital das Caldas da Rainha, a outra no de Torres Vedras) apresentam, este ano, “uma taxa de operacionalidade de 97 e 99 por cento, respetivamente”, salientou o CA.

O comunicado serviu ainda para o hospital garantir que está “a fazer o levantamento dos recursos humanos médicos existentes com a formação exigida” para apurar as responsabilidades pelas escalas dos médicos das VMER.