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Fake news: Bruxelas aposta em educação digital para ter “cidadãos críticos” nas eleições

A Comissão Europeia anunciou hoje o lançamento de uma semana para a educação digital, em março, a dois meses das eleições europeias, visando “dar ferramentas” aos cidadãos europeus para os tornar “críticos” perante a informação ‘online’.

“Pela primeira vez, vamos lançar uma semana europeia para a educação digital e literacia mediática a 18 de março, a dois meses das eleições europeias”, marcadas para 23 a 26 de maio, anunciou hoje a comissária para a Economia Digital, Mariya Gabriel.

Falando numa conferência organizada pela Comissão Europeia sobre desinformação na internet, em Bruxelas, a responsável vincou que “é necessário sensibilizar os cidadãos” e “dar-lhes ferramentas para atuar”, nomeadamente perante as notícias falsas (‘fake news’).

“Dar aos cidadãos ferramentas técnicas e digitais é crucial para os tornar críticos”, vincou Mariya Gabriel.

Nesta semana europeia, Bruxelas quer, assim, contribuir para a inclusão digital, pelo que vai reunir, através de ações em todos os Estados-membros, ‘fact-checkers’ (investigadores que fazem verificação dos dados), professores e jornalistas.

“As tecnologias estão a mudar, os nossos valores tradicionais mantêm-se e é isso que nos une, a necessidade de preservar uma Europa baseada na equidade, sendo por isso crucial que os cidadãos consigam pensar pela sua própria cabeça”, vincou Mariya Gabriel.

Aludindo às eleições, a responsável reconheceu “os desafios enormes” da desinformação, mas disse esperar que as medidas que a Comissão Europeia está a tomar contribuam “para um amplo e livre debate que preserve os valores europeus”.

O combate à desinformação está no topo da agenda da Comissão Europeia e também da nova presidência romena do Conselho da União Europeia.

Foi, por isso, criado no final do ano passado um Plano de Ação Conjunto que contém medidas como a criação de um sistema de alerta rápido para sinalizar campanhas de desinformação em tempo real, aumentando para isso o orçamento do Serviço Europeu de Ação Externa de cerca de dois milhões de euros para cinco milhões de euros.

O plano prevê também um instrumento de autorregulação para combater a desinformação ‘online’: um código de conduta subscrito por grandes plataformas digitais, como Facebook, Google, Twitter e Mozilla, que se comprometeram a aplicá-lo.

No que toca às campanhas dirigidas aos cidadãos, o documento define que as instituições da UE e os Estados-membros promovam a literacia mediática através de programas específicos.

“Olhando para o futuro e para as eleições europeias, é essencial incrementar os nossos esforços e garantir que as plataformas ‘online’ não são usadas para disseminar desinformação”, vincou Mariya Gabriel, reconhecendo que “o risco de manipulação nunca foi tão alto”.

A comissária apelou ainda à participação de todos os Estados-membros.

“Muitas medidas já estão em curso e muitas alterações estão a ser feitas na direção certa, […] mas é preciso que todos os Estados-membros as adotem”, notou.

Já avisando que “o tempo está a esgotar-se”, antes das eleições, a responsável mostrou ainda “preocupação” sobre as ‘fake news’ de propaganda, defendendo uma abordagem “mais geral” sobre a desinformação na campanha eleitoral.

Lusa

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