A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa anunciou a instauração de um processo de inquérito a um professor com opiniões polémicas sobre as mulheres.
A decisão foi tomada dias depois do jornal Público ter revelado que o docente, que leciona algumas cadeiras do mestrado em Direito, chegou a comparar o feminismo ao nazismo.
Ao lecionar as unidades curriculares de Direito Penal IV e Direito Processual Penal III, o professor de direito penal comparou as mulheres a “pessoas desonestas, espertas e canalhas” e a violência doméstica “como disciplina doméstica”.
“Em relação aos recentes factos, dados a conhecer pelos órgãos de comunicação social, envolvendo o docente desta Faculdade professor Francisco Aguilar, a Direção da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa vem comunicar que, tornando-se necessário apurar a relevância disciplinar daqueles factos e a sua extensão, determinou a abertura de competente processo de inquérito”, informou a entidade, numa nota enviada à agência Lusa.
Os programas terão sido retirados, para análise, das cadeiras do mestrado em Direito em que professor lecionava.
Citado pela Lusa, o docente garantiu que não ia “abdicar da sua liberdade científica”.
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