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Eucaliptos renascem na ‘estrada da morte’ em Pedrógão

Os eucaliptos, que tanta polémica causaram nos dias que se seguiram à tragédia de Pedrógão Grande, estão a renascer junto à Estrada Nacional 236, que ficou conhecida por ‘estrada da morte’, já que ali morreram 47 pessoas nos incêndios em junho. A nova lei proíbe plantações desta espécie. Porém, não as evita onde estas existiam antes.

Por entre as cinzas, por entre as memórias daquela fatídico dia/noite de 17 para 18 de junho, os eucaliptos voltam a crescer nas margens da estrada que ‘roubou’ tantas vidas.

Esta espécie de árvore – que fez estalar a polémica, pois algumas correntes de investigação defendem que o eucalipto é mais propenso ao alastramento de fogos florestais – vai renascendo nas margens da estrada, isto a poucas semanas da entrada em vigor da nova lei para controlar a plantação de eucaliptais.

“O que acontece na EN 236 está a repetir-se por toda a região centro do país”, disse João Camargo, investigador em alterações climáticas e dirigente do Bloco de Esquerda, em declarações ao portal Notícias Magazine.

“Eucalipto renasce com maior intensidade nas zonas de incêndio”

“Sabemos que o eucalipto, a menos que seja travado, renasce com maior intensidade nas zonas de incêndio. É o que está a acontecer neste momento. A oportunidade de reformular verdadeiramente a floresta está a perder-se a cada dia que passa”, disse, criticando as empresas que vivem do eucalipto.

“É uma indústria sobredimensionada, as fábricas não param de crescer e exigem um volume cada vez maior de madeira.”

Corrida à compra de sementes de eucalipto

Também o presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), explica que tem havido uma corrida à compra de sementes de eucalipto nas últimas semanas, antes da entrada em vigor da nova lei.

“Apesar de o governo ter criado um plano transitório para que não se pudessem plantar novas árvores até de março (…) sabemos que há muita gente a aproveitar áreas incultas, que deviam estar em poisio, para recuperar o eucaliptal”, revela Pedro Serra Ramos.

E vai mais longe na sua preocupação: “Juntando este cultivo apressado com a regeneração descontrolada das zonas ardidas, está a renascer uma floresta absolutamente desordenada.”

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