EUA: George Clooney detido em manifestação contra Omar Al-Bashir

O ator norte-americano participava numa manifestação contra a situação ocorrida no Sudão, onde milhares de pessoas estão proibidas pelo presidente de receber ajuda humanitária internacional. Multidão ainda terá recebido dois avisos, à terceira a polícia foi mesmo chamada.

George Clooney é na maioria das vezes elogiado pelos seus papéis à frente das câmaras. Desta vez, o ator norte-americano é também destaque pelos melhores motivos, mas no mundo real. Clooney é aliás uma das celebridades que mais luta pelos direitos humanos.

O artista, que completa 51 anos em maio, participou esta sexta-feira numa manifestação na embaixada sudanesa nos Estados Unidos, ocorrida na capital Washington. A multidão, onde além de Clooney e o seu pai, marcavam também presença bastantes membros da Câmara dos Representantes, foi avisada por duas ocasiões mas manteve-se firme. A polícia foi depois chamada e deteve alguns dos manifestantes, entre eles os dois membros da família Clooney.

Em causa está a ajuda humanitária ao Sudão que está atualmente impedida de entrar naquele país africano pelo próprio presidente, Omar Al-Bashir. George Clooney acusa mesmo o líder de vários “crimes de guerra” e de “genocídio”. Já com as algemas, o ator afirmou aos jornalistas presentes que, caso não seja feito nada, em breve o mundo deverá estar perante uma das maiores crises humanitárias da história.

Minutos antes de ser detido, o famoso norte-americano foi um dos porta-vozes do protesto: “Não pedimos muito. Apenas que o governo do Sudão pare de matar homens, mulheres e crianças inocentes”, sublinhou.

George Clooney, a par de outros ativistas, nomeadamente celebridades do cinema e da música, pessoas ligadas a outras artes norte-americanas e até políticos, tem-se mostrado bastante preocupado com a situação do Sudão. Já esta semana, o ator falou no Senado onde relatou tudo o que viu na semana em que visitou aquele país africano. O artista de 50 anos acusa ainda Al-Bashir de integrar um grupo de três líderes governamentais, alegadamente responsáveis pela situação do Darfur.