O cancro da mama suscitou um estudo – levado a cabo por Carlos Caldas e Samuel Aparício, dois investigadores portugueses – que abre portas a um diagnóstico e tratamento mais eficazes, graças a uma classificação deste cancro em 10 novas categorias. Desde modo, os tratamentos definidos pelos médicos podem ser ainda mais rigorosos, uma vez que cada caso de cancro de mama extravaza as suas especificidades.
O trabalho dos dois cientistas portugueses, que mereceu honras de publicação na prestigiada revista Nature, deixa perceber uma “revolução no tratamento”, com as novas categorias de classificação do cancro da mama. É uma espécie de impressão digital do cancro.
Nesse sentido, esta classificação representa uma importante ferramenta para os clínicos que pretendem definir o tratamento, já que permite antecipar a evolução da doença, avaliar as probabilidades de sobrevivência e adaptar os tratamentos ao caso específico que estejam a tratar. Ao individualizar os tratamentos, dotando-os de precisão, aumentam a taxa de sucesso dos mesmos.
Carlos Caldas é investigador do Instituto de Investigação sobre o Cancro em Cambridge, no Reino Unido, e Samuel Aparício exerce na Agência de Oncologia da Colúmbia Britânica, no Canadá.
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