Farto da personagem de Maomé, Renald Luzier, cartoonista do Charlie Hebdo, garante que não voltará a desenhar o profeta islâmico. “Não vou mais desenhar a figura de Maomé”, diz Luzier, o criador da caricatura que foi publicado no jornal satírico, logo após os atentados que tiraram a vida a 12 pessoas.
É o fim. O cartoonista Renald Luzier, do Charlie Hebdo, garante que não voltará a representar a figura de Maomé.
“Já estou farto de desenhar Maomé, do mesmo modo que me fartei de desenhar Sarkozy. Não vou passar a vida toda a desenhá-lo. Já não me interessa”, afirmou Renald Luzier.
O cartoonista do jornal satítico francês foi o autor da célebre imagem de Maomé com uma lágrima no canto do olho, na edição do Charlie Hebdo dedicada às vítimas do atentado levado a cabo por radicais islâmicos.
Recorde-se que, entre as 12 vítimas do atentado na redação do Charlie Hebdo, se encontravam o antigo diretor, Charb, e quatro dos mais conhecidos caricaturistas franceses.
Naquela edição que fica na história do jornal, as vítimas horam homenageadas. O Charlie teve uma tiragem excecional de três milhões de exemplares, ao invés dos habituais 60 mil.
Na capa, desenhada por Renald Luzier, Maomé segurava um “Je suis Charlie”, com a lágrima a desvanecer-se pelo rosto. Era a edição dos resistentes.
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