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Esteve 12 anos em estado considerado vegetativo e comunicou com médicos

Chama-se Scott Routley e desde os 27 anos estava em estado vegetativo, em virtude de um acidente de viação que provocou lesões profundas no cérebro. E 12 anos depois, já perto dos 40 anos, Routley acordou desse estado, comunicando por ressonância.

Fruto da persistência de um professor de medicina, Adrian Owen, docente na Universidade de Ontário, Scott Routley regressou à vida, depois de 12 anos preso a uma cama de hospital, sem qualquer atividade cerebral, ligado a uma máquina de suporte de vida que o mantinha vivo.

Em estado vegetativo, Scott não dava sinal de um dia poder regressar à vida, em virtude das graves lesões que tinha no cérebro – provocadas por um acidente de viação que ocorreu em 2000. Trata-se da primeira vez que um doente nessa condição consegue ‘regressar à vida’.

Desde aquele ano, Scott Routley apresentava escassíssimas probabilidades de recuperar, mas um professor de medicina decidiu persistir, com um tratamento revolucionário que promete reescrever os livros de neurologia. O nascer de novo de Scott é uma verdadeira descoberta da ciência.

“No futuro, poderemos melhorar a qualidade de vida deste tipo de doentes”, refere Adrian Owen, à BBC. O professor de medicina destaca o facto de Scott Routley ter recuperado toda a consciência, já que foi sujeito a um questionário, sendo que as respostas foram processadas com normalidade, facto atestado pela análise à atividade cerebral.

“A mesma pergunta foi colocada várias vezes, sendo possível perceber que Scott Routley escolhe sempre a mesma resposta. Por isso, está perfeitamente consciente”, acrescenta o professor Adrian Owen. O canadiano acordou do coma “sem dores”, segundo o próprio garante aos médicos, com quem comunica.

Através deste estudo a doentes em estado vegetativo foi possível descobrir que as pessoas registam memórias mesmo após o coma. A prova reside num facto: um doente em situação semelhante à de Scott respondeu afirmativamente à pergunta: “A sua irmã tem uma filha?”. A criança nasceu cinco anos depois do acidente.

Não são mistérios da ciência, mas a ciência a desbravar caminhos numa área ainda oculta, mas cada vez menos oculta.

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