Grande rival de Norbert Michelisz na corrida pelo título na Taça do Mundo de Carros (WTCR) de 2019, Esteban Guerrieri tem um passado nos monolugares numa altura em que a sua carreira estava direcionada para a Fórmula 1.
O argentino falou do seu passado nas fórmulas de promoção, depois do karting no seu país natal. “Em 1999 parei de guiar karts porque não tinha mais dinheiro e tinha em mente os monolugares quando tivesse 15 anos”, explica.
Mas o apoio da família permitiu economizar dinheiro e que Guerrieri viajasse para a Europa para fazer Fórmula Renault com a equipa suíça Jenzer: “Consegui algumas ‘pole-position’. Ganhei quatro corridas, mas era muito novo e inconsistente e terminei apenas em terceiro no campeonato, atrás de Christian Klein e de Bruno Spengler”.
Depois de competir no campeonato italiano e ter sido vice-campeão, o piloto sul-americano foi campeão europeu, preparando-se para competir na Fórmula Renault V6 Eurocup, mas o seu ‘manager’ disse-lhe que já não havia dinheiro: “A minha cara gelou. Era campeão europeu de F. Renault mas não tinha nada. Em 2002 estava na mesma equipa de Bruno Spengler e o seu ‘manager’ era Toto Wolff”.
O atual homem forte da Mercedes na F1, que tinha o hábito de ir ver os pilotos para a pista, reparou no talento de Guerrieri e propôs-lhe um contrato. “Disse ao meu ‘manager’, por favor paga-me um bilhete para ir à Europa porque tenho algumas pessoas para visitar. Liguei a Toto e fui visitá-lo ao Mónaco”, conta Guerrieri. Mas veio nova desilusão para o argentino, quando Wolff lhe disse que já era tarde demais e “que já tinha todos os lugares tomados”.
Esteban Guerrieri ia correr pela Cram na Fórmula 3 italiana quando conheceu Enrique Sacalabroni. “Ligou-me e convidou-me para fazer um teste de F3000 em Barcelona no dia seguinte”. O teste correu bem mas não tinha apoio para garantir a época.
O argentino teve uma das suas oportunidades quando a F3000 terminou, no final de 2004: “Enrique era amigo do Dr. (Helmut) Marko e disse-lhe que podia assinar comigo com contrato da Red Bull. Christian (Horner), disse-me que gostaria de me testar. Foi um bom teste mas não impressionante”.
“Não tinha orçamento para ir para a GP2, que era o passo a dar. Assinei um contrato com Kolles para fazer a F3 Euroseries em 2005 com um motor Mercedes. O meu ‘manager’ concordou. Colin Kolles estava com a Midland na F1 e a sua equipa na F3 tornou-se a Midland Junior”, destaca o argentino.
Só que as coisas acabaram por não ser o que Esteban esperava: “A Midland ficou com a Toyota e tivemos de usar motores Toyota na F3. Não era o que tínhamos contratado. Foi um ano difícil, porque o motor Toyota não se comparava aos da Mercedes e da Opel, que estiveram muito fortes com Hamilton, Di Resta, Sutil e Vettel”.
“Alex (o team manager da Midland Junior) conseguiu-me um teste com a Mercedes na F3. Fiz um teste com a Manor Motorsport em Hockenheim no dia após a última corrida em 2005 e foi mais rápido do que a ‘pole-position’ feita por Lewis. Fui para a HWA e assinei um contrato com eles para ser o piloto júnior da Mercedes ao lado de Pauli di Resta guiando para a Manor em 2006”, recorda Guerrieri.
O argentino pareceu retomar o rumo certo, mas com equipas como a ASM e Di Resta, Van der Garde, Kobayashi e Vettel, e também lhe faltou alguma consistência e terminei em quarto no campeonato.
Face a este resultado Esteban Guerrieri esteve para entrar no DTM em 2007, mas a Mercedes acabou por optar por Gary Paffett e Di Resta e o sul-americano teve de regressar ao seu país. Contudo um convite Barry Walsh para correr na Fórmula 3 em Inglaterra em 2008 permitiu-lhe chegar à World Series 3.5, num projeto suportado por uma empresa do ramo imobiliário. Mas o negócio no setor colapsou e “todas as possibilidades de chegar à F1 desapareceram”.
Ainda testou para a ISR no final de 2009, mas sem dinheiro Guerrieri teve de regressar novamente ao seu país, antes de novo convite lhe proporcionar correr na World Series em 2010. “Ofereceram-me duas corridas (ISR), ganhei uma em Spa. Tinham um piloto (Salaquarda), mas fui treinar o Filip. Na corrida seguinte, na sua corrida em casa, disseram-me vais guiar o carro mas não batas e por favor ganha. É muito importante para nós”, explicou.
Esteban Guerreri ganhou as duas corridas, por isso recorda com saudade: “Foi uma dos fins de semana mais agradáveis. De repente estava em terceiro no campeonato, cinco pontos atrás de Ricciardo e com contrato para o resto da temporada”.
Mas o sul-americano falhou duas corridas na Hungria – devido a um chassis partido. Depois em Silverstone, onde ganhou duas corridas, bateu na qualificação e viu ser-lhe retirada uma vitória devido a várias infrações, nomeadamente devido a uma fita adesiva, após protesto da Tech 1 (Ricciardo e Vergne).
“Fui para a cama muito aborrecido, e no dia seguinte estava determinado a ‘vingar-me’ e consegui ultrapassar Ricciardo na última volta. Foi ao pódio com fita adesiva na minha boca e foi uma boa vingança pelo que tinha sucedido no dia anterior”, recorda Guerrieri sobre aquele que seria o seu último feito nos monolugares, antes de se virar para os Turismo, no TC2000 argentino primeiro e depois no WTCC e WTCR.
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