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Espetáculos, concerto e leituras de entrada livre na programação do D. Maria II

“Antígona”, de Mónica Garnel, e “Coleção de Artistas”, de Raquel André, são dois dos espetáculos que marcam o início da temporada 2019/2020 do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, com entrada livre em 14 e 15 de setembro.

A iniciativa “Entrada Livre” é já uma “tradição” do Teatro Nacional D. Maria II, mas este ano, pela primeira vez, alarga-se a outros espaços, como é o caso de um espetáculo no Capitólio, leituras encenadas na Estação do Rossio e um concerto no Largo de São Domingos, revela a organização.

No que diz respeito aos espetáculos previstos para o início da temporada, Tiago Rodrigues, diretor artístico do D. Maria, destaca três títulos “muito fortes”: “Puré Present”, de Olivier Py, diretor do Festival d’Avignon, que é uma reescrita das tragédias de Ésquilo no meio prisional; “Antígona”, de Mónica Garnel, sobre a tragédia de Sófocles; e “Coleção de Artistas”, de Raquel André, uma coleção de fragmentos de outras peças.

O arranque da “Entrada Livre 2019” é feito às 11:00 de dia 14, com “Caminhada dos Elefantes”, de Miguel Fragata, sobre um texto de Inês Barahona, espetáculo que se repete na manhã de dia 15 e que conta a história de uma manada de elefantes, que faz uma caminhada misteriosa a casa de um homem especial quando ele morre, para lhe prestar a ultima homenagem.

Entre as 14:30 e as 17:30 desse mesmo sábado, haverá leituras encenadas – “O elefante ou inevitável caminho do esquecimento” e “Que le spectacle commence”, este último na Estação do Rossio -, uma visita guiada à exposição “José Marques: Fotógrafo em cena”, lançamento de mais um volume da “Coleção Biografias do Teatro Português”, e nova leitura encenada, de “A mancha”, de Lúcia Pires.

Às 18:00, no Capitólio, sobe ao palco “Pure Present”, de Olivier Py, três curtas tragédias sobre o mundo de hoje, onde os personagens se desafiam mutuamente para responder à questão central deste ciclo: como viver com dignidade, um espetáculo que se repete no dia seguinte, à mesma hora.

Seguem-se, às 20:00, os espetáculos “Antígona” e “Coleção de Artistas”, este último com repetição no domingo, e às 21:30 a cantora e compositora moçambicana Selma Uamusse sobe à varanda do Largo de São Domingos para um concerto.

No domingo à tarde volta a haver leituras encenadas – “Oito ou o caos”, de Bruno Fraga Braz, e “Pin my places”, de Mariana Ferreira –, e lançamento dos livros “Laboratório Escrita para Teatro. Textos 2018/19”, coordenado por Rui Pina Coelho, e “Preparação do ator do seu processo criador de encenação (vol.II)”, de Konstantin Stanislavski.

No âmbito do projeto ‘École des Maîtres’, apresenta-se às 20:00, na Sala Garrett, o espetáculo final “História da loucura na época clássica de Foucault”, orientado e encenado pela atriz espanhola Angélica Liddell.

As entradas livres para estes espetáculos e programação têm algumas condições de acesso, como o levantamento dos bilhetes na bilheteira do D. Maria II, a partir das 12:00 do próprio dia, um limite de dois ingressos por pessoa para um espetáculo à escolha, a que se podem acrescentar mais dois para uma das leituras encenadas ou visita guiada.

A “Caminhada dos Elefantes” carece de reserva prévia e disponibiliza um máximo de quatro bilhetes por pessoa.

Já os lançamentos de livros e o concerto não necessitam de bilhete, estando apenas sujeitos à lotação disponível.

A programação da temporada 2019/2020 foi marcada pela vontade de “fazer a diferença”, como afirmou Tiago Rodrigues, que destacou a tragédia de Shakespeare “Ricardo III”, pelo encenador alemão Thomas Ostermeier, com a companhia Schaubhüne, e uma estreia portuguesa sobre ‘fake news’, de Inês Barahona e Miguel Fragata, sobre a desinformação, a comunicação social, as redes sociais e a forma como o fenómeno da desinformação se tem propagado.

Outro caso que o diretor artístico do teatro nacional aponta é o espetáculo “Aurora Negra”, que promove a escrita de teatro em português e os novos criadores, e trata a questão da mulher negra em Portugal.

“Ibsen House”, dirigido pelo australiano Simon Stone, uma produção do Toneelgroep Amsterdam, dirigido pelo holandês Ivo van Hove, “Crash Park”, do artista francês Philippe Quesne, e “Bajazet”, de Frank Castorf, uma mistura da tragédia de Racine (“Bajazet”) com o teatro e a peste de Antonin Artaud, são outros dos destaques internacionais da temporada.

Lusa

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Etiquetas: CulturaTeatro

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