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Espanha/Eleições: Socialistas vencem sem maioria e extrema direita entra no parlamento

O partido socialista espanhol (PSOE) venceu as legislativas de domingo, sem conseguir a maioria, o que vai obrigar o primeiro-ministro Pedro Sanchez a procurar aliados para governar um país dividido, foi hoje anunciado.

Este escrutínio, no qual foram já apurados 99,99 por cento dos votos, ficou marcado pela entrada, pela primeira vez desde o fim da ditadura, da extrema direita no parlamento espanhol.

O PSOE foi o partido mais votado nas legislativas espanholas, ao conquistar 28,68 por cento dos votos e 122 deputados.

O segundo mais votado foi o Partido Popular (PP), que conseguiu 16,7 por cento dos votos e 66 deputados. Nas últimas legislativas, em 2016, o PP elegeu 137 deputados.

A nove lugares do PP, o terceiro partido mais votado foi o Cidadãos (15,86 por cento), que elegeu 57 deputados, mais 25 do que na legislatura anterior.

O Unidas Podemos (extrema-esquerda) é a quarta força no parlamento espanhol, ao eleger 42 deputados, enquanto que o partido de extrema-direita Vox, com 10,26 por cento dos votos, elegeu 24 deputados.

O conjunto dos partidos da direita espanhola falharam o objetivo de obter, em conjunto, a maioria absoluta no parlamento e formar Governo, apesar da grande subida da votação no Vox.

Os três partidos do bloco de direita, PP, Cidadãos (direita liberal) e Vox, conseguiram reunir um total de 147 deputados, um número aquém dos 176 necessários para ter a maioria absoluta do Congresso dos Deputados, que tem um total de 350 membros.

Até há poucos anos, o PP alternava com o PSOE na chefia do Governo de Espanha, mas o aparecimento do Cidadãos e a fuga de membros para formar o Vox teve como consequência a descida do partido na preferência dos espanhóis.

“O futuro venceu e o passado perdeu”, disse Pedro Sanchez, no discurso de vitória perante os cerca de mil apoiantes que se concentraram no domingo à noite, na sede do partido, em Madrid.

O primeiro-ministro espanhol garantiu ainda que que não vai negociar a formação de um executivo com o Cidadãos, apesar de admitir governar com todos, no âmbito da Constituição.

“A partir das nossas ideias de esquerda e da nossa posição progressista, vamos estender a mão a todas as formações políticas dentro da Constituição, para governar contra as desigualdades sociais, em concórdia e com limpeza democrática”, comentou, afirmando que o respeito pela lei fundamental espanhola é “a única condição”.

Num discurso proferido ao mesmo tempo que Sanchez, o líder do Cidadãos, Albert Rivera, opinou na noite eleitoral de domingo que o PSOE vai governar Espanha com a coligação Unidas Podemos e com os nacionalistas, o que considerou uma “má notícia”.

Rivera disse também que a “boa notícia” é que o seu partido fará uma oposição leal à Constituição e acabará a governar o país.

O presidente do Vox, Santiago Abascal, classificou como um “verdadeiro milagre” o forte crescimento do partido. “Isto é só o princípio, o Vox veio para ficar”, afirmou.

A participação nas eleições legislativas antecipadas de em Espanha foi de 75,79 por cento, mais 9,3 pontos percentuais do que a registada no escrutínio de 2016.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Eleições Espanha

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