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Equipa da MAC vence prémio para investigar restrição do crescimento fetal

Uma equipa da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) venceu um prémio de investigação para estudar os efeitos da heparina de baixo peso molecular na restrição de crescimento fetal, um problema que afeta cerca de 10 por cento das grávidas.

Segundo explicou à agência Lusa a investigadora Catarina Reis, da MAC, a restrição de crescimento fetal é diagnosticada em cerca de 10 por cento das gravidezes e “resulta da incapacidade de um feto de atingir o seu potencial de crescimento geneticamente predeterminado”, ou seja, de crescer tudo aquilo que o seu património genético o deixaria crescer.

“A restrição de crescimento fetal não tem qualquer tipo de tratamento disponível e o desfecho destas gestações são muitas vezes desfavoráveis porque estes fetos nascem precocemente e, na maioria dos casos, têm outras alterações associadas, nomeadamente alterações do desenvolvimento neurológico e endocrinológico (…) e podem ter problemas oftalmológicos”, disse.

Este problema “é diagnosticado na presença de um feto abaixo do percentil 10 (…), associado ao diagnóstico de uma passagem do sangue que é difícil de fazer da placenta para o feto”, acrescentou Catarina Reis, que é médica interna em Ginecologia/Obstetrícia da MAC.

A investigadora sublinha o que a equipa pretende com esta investigação é “tentar encontrar uma forma de melhorar os desfechos da restrição de crescimento fetal, ao dar às grávidas um fármaco para tentar melhorar o fluxo de sangue da mãe para o feto e, assim, poder fazer com que estes fetos nasçam um bocadinho mais tarde e possam ter melhores desfechos”.

Com esta bolsa, de 10.000 euros, a equipa conseguiu a maioria do financiamento necessário para a investigação, cujo protocolo vai agora ser submetido às entidades competentes – comissão de ética nacional e Infarmed – para poder avançar o ensaio clínico com 120 grávidas seguidas na MAC na consulta de restrição de crescimento fetal.

A restrição de crescimento fetal precoce é geralmente diagnosticada antes das 32 semanas e é um problema que afeta milhares de mulheres em todo o mundo. É uma patologia que se reflete na falta de oxigénio e nutrientes para o feto.

Esta investigação foi a vencedora da primeira edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde, que contou com 100 candidaturas, submetidas por equipas de instituições científicas de todo o país.

Esta edição envolveu mais de 300 profissionais de saúde, de 58 entidades, e a cardiologia, Oncologia e Endocrinologia destacaram-se entre as 28 áreas de interesse dos projetos submetidos para apreciação do júri.

Lusa

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Lusa
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