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Emmanuel Macron apela ao respeito do acordo de paz na República Centro Africana

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou hoje em Paris, ao seu homólogo da República Centro Africana, a necessidade deste levar a cabo todos os esforços para que “o acordo de paz seja respeitado por todos os grupos armados”.

Seis meses após a assinatura do acordo concluído em fevereiro entre o Governo e 14 grupos armados, a paz tarda em instalar-se na República Centro Africana (RCA), onde cerca de 80 por cento do território das províncias continua sob o controlo dos grupos rebeldes.

O chefe de Estado francês voltou a receber Faustin Touadéra em Paris, depois de setembro de 2017, e recordou ao Presidente centro-africano “o seu compromisso com a organização de eleições livres e inclusivas”, no final de 2020.

Segundo um comunicado do Eliseu, citado pela agência France Presse, Mácron sublinhou também a ideia de que a parceria entre a França e a África central é “indispensável, nomeadamente para a segurança com os países vizinhos”.

Os combates entre grupos armados e os ataques contra a população civil na RCA prosseguem, com mortes, violações, detenções arbitrárias e ataques contra pessoal das equipas de assistência humanitária.

A aproximação entre a RCA e a Rússia tem suscitado algumas preocupações à Presidência francesa.

O representante especial das Nações Unidas na RCA condenou, na segunda-feira, os confrontos entre dois grupos armados, que assinaram o acordo de paz, causando pelo menos dois mortos e vários feridos.

“A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA) condena veementemente os violentos confrontos em Birão entre dois signatários do acordo de paz, o MLCJ e o FPRC, que causaram mortos e vários feridos”, referiu Mankeur Ndiaye, considerando tratar-se de uma violação do acordo assinado em fevereiro de 2019.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território, enquanto o resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo e por 14 grupos armados, e um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um Governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde agora tem a 5.ª Força Nacional Destacada (FND) e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel Hilário Peixeiro.

A 5.ª FND, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares do Exército, na sua maioria elementos dos Comandos (22 oficiais, 44 sargentos e 114 praças, das quais nove são mulheres), e três da Força Aérea.

Lusa

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Etiquetas: África

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