“Em Portugal, ninguém pode proibir as corridas de touros”, garante Hélder Milheiro

A Pró-Toiro defende a tauromaquia como atividade económica, embora tenha sido o valor cultural a infligir uma pesada derrota ao PAN no plano político, segundo explicou Hélder Milheiro.

O presidente da Pró-Toiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia adiantou, em entrevista ao Notícias ao Minuto, que o futuro das touradas é “risonho” porque em Portugal não há poder que se atreva a proibir a atividade.

“A tauromaquia é um grande financiador do erário público através dos impostos diretos e indiretos”, sustentou.

Segundo o responsável, “a tauromaquia contribui com muitos e muitos milhões de euros para o erário público, ao contrário do que é dito”.

Dado este valor económico, muito acima do plano cultural, nenhum poder político se atreve a proibir as touradas, continuou Hélder Milheiro.

“Em Portugal, não há nenhum lugar, nem ninguém, nem nenhum órgão que possa proibir as corridas de touros”, garantiu.

Instado a comentar o caso da Póvoa de Varzim, cuja autarquia se classificado como anti-touradas, o líder da Pró-Toiro adiantou que tal “vale zero”.

“Estamos a falar de uma dimensão folclórica”, reforçou, pois em causa estão “direitos culturais que são básicos na Constituição da República Portuguesa”.

São “direitos culturais básicos” que implica a tortura desnecessária e a morte de um animal em arena, não em nome do “divertimento”, mas de “uma arte performativa profundamente ética”.

“Ninguém está a desfrutar com a morte do animal, as pessoas vão desfrutar de uma prática artística que é a lide do touro”, salientou.

Por isso, continuou Hélder Malheiro, é que “saiu o tiro pela culatra” ao PAN, que viu ser chumbada a proposta para abolir as corridas de touros no Campo Pequeno, em Lisboa.

“A verdade é que o PAN, na sua tentativa de atacar a tauromaquia, o que fez foi mostrar a grande força que a tauromaquia tem socialmente, não só pelos chumbos esmagadores das propostas que foram levadas ao Parlamento, como pela reação social que isso provocou”, contrapôs o líder da Pró-Toiro.