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EDP dá 450 mil euros a seis projetos solares em Moçambique, Quénia, Maláui e Tanzânia

A EDP vai atribuir 450 mil euros a seis projetos solares africanos, em Moçambique, no Quénia, no Maláui e na Tanzânia, através do fundo A2E (Acesso à Energia), que visa apoiar energias limpas nos países em desenvolvimento.

“Na primeira edição do Fundo foram selecionados seis projetos na África Oriental de entre 108 candidatos de todo o mundo”, declarou à Lusa o presidente executivo da EDP, António Mexia.

A verba vai ser aplicada na promoção do acesso à energia “em zonas rurais remotas, sem ligação à rede”, em projetos que irão beneficiar cerca de 55 mil pessoas, das quais 10 mil de forma direta.

As organizações podem receber entre 25 mil a 100 mil euros e terão de implementar os seus projetos até ao início do próximo ano.

Em Moçambique foi eleito o programa “Energia para um Futuro Melhor”, da Girl MOVE Academy, que pretende criar uma central de energia solar para o ECOCampus e para o centro de tecnologias de informação da instituição, com o objetivo de aumentar o número de horas de formação.

A UN-Habitat é a entidade promotora do outro projeto moçambicano: três sistemas de energia solar para abastecer escolas afetadas por desastres naturais que abrange igualmente a instalação de sistemas de alerta para situações de emergência, acesso à internet e estações de carregamento de energia e poderão gerar receitas para as escolas.

No Quénia, a Co-operative Bank Foundation prevê a instalação de estufas solares em 12 escolas, junto a sistemas de irrigação, para produzir alimentos que serão direcionados para os alunos das escolas ou venda nos mercados locais, caso haja excedentes.

No Campo de Refugiados de Kakuma (Quénia), o projeto OKAPI Green Energy da SAVIC Africa vai construir uma mini-rede fotovoltaica para fornecer energia elétrica a 150 habitações e 50 clientes comerciais.

A Fundación Energía Sin Fronteras vai oferecer painéis fotovoltaicos para eletrificar os edifícios do Centro de Reabilitação St. Mary, no Maláui, permitindo assistência médica 24 horas por dia e água potável para 130 órfãos portadores de HIV.

Na Tanzânia, a Iniciativa de Investimentos e Desenvolvimento Sustentáveis (SIDI, na sigla em inglês) permitirá o acesso à energia a 1500 pescadores e a estabelecimentos comerciais e públicos numa ilha remota através de uma mini-rede fotovoltaica.

António Mexia frisou que os projetos têm um impacto direto “na vida de milhares de pessoas” criando um “efeito multiplicador muito interessante”. “Há estudos que provam que cada dólar investido no acesso à energia tem um multiplicador de 15 vezes”, traduzindo-se num retorno de 15 dólares, destacou.

O Fundo A2E dispõe de um milhão de euros para aplicar em projetos de organizações que atuam nas áreas da educação, saúde, água e agricultura, empresas e comunidade, escolhidos de acordo com critérios como impacto social, parcerias, sustentabilidade, potencial de expansão e número de beneficiários. A segunda edição deve ser lançada ainda este ano.

No ano passado, a EDP investiu dois milhões de euros na compra de uma participação minoritária na SolarWorks!, uma empresa holandesa de sistemas solares domésticos que atua em Moçambique.

A operação marcou o arranque do projeto de promoção do acesso universal a energia sustentável da EDP que prevê um investimento de 12 milhões de euros ao longo dos próximos três anos, com impacto em 200 mil pessoas de países em desenvolvimento.

Segundo António Mexia a EDP continua atenta a África procurando “modelos de gestão descentralizada”.

O responsável da EDP afirmou que a infraestrutura centralizada, com grandes redes, é “relativamente cara para chegar a populações dispersas e a gestão da cobrança era “muitas vezes posta em causa”, comprometendo o retorno financeiro dos investimentos.

No caso dos sistemas descentralizados, além de serem sustentáveis, “também são mais baratos” e substituem outros equipamentos “altamente poluentes” que usavam lenha, gasóleo ou petróleo.

Sem revelar potenciais aquisições, Mexia adiantou que a EDP quer “companhias muito focadas”, que tenham a gestão económico-financeira e o contacto com o utilizador final “bem resolvidos”, sem restrições de países.

Lusa

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