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“É ver quem coloca mais cachecóis ao pescoço e quem está mais próximo dos jogadores”

O Presidente da República foi autorizado a viajar para o Catar e assim estar ao lado da equipa portuguesa que vai disputar o Campeonato do Mundo. Trata-se de uma situação que para o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes causa alguma “impressão”.

“A mim faz-me alguma impressão esta correria das principais figuras dos Estados aos estádios. Vai tudo. Chefe de Estado, chefe do governo, da Assembleia. Isso faz-me confusão. Isto é uma moda”, afirmou Pedro Santana Lopes.

O antigo líder do governo diz que as altas figuras do Estado devem ter posições coerentes relativamente ao Catar e à questão dos direitos humanos e das liberdades, mas devem usar da mesma fórmula seja para jogos de futebol ou compras de gás e petróleo.

“Eu não estou de acordo com esta atitude de agora e com esta polémica de ser por causa dos direitos humanos. Isso deveria ser quando foi atribuída a organização ao Catar”, disse Pedro Santana Lopes, concordando que o mundo deverá fazer algo em relação à questão dos direitos humanos no Catar.

A propósito da questão dos direitos humanos no país que acolhe o Campeonato do Mundo, recentemente, Marcelo Rebelo de Sousa passou para ‘segundo plano’ essa situação, dizendo que é importante que os portugueses se foquem no apoio à equipa de futebol. “Catar não respeita os direitos humanos. Mas, enfim, esqueçamos isto”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Para Santana Lopes “essas declarações não foram felizes”. “Marcelo Rebelo de Sousa não tem estado numa boa fase. As coisas não lhe têm corrido bem”, comentou o antigo primeiro-ministro.

Em declarações na CMTV, Santana Lopes criticou ainda as frequentes aproximações que se verificam entre políticos no futebol.

“Durante muitos anos criticou-se a mistura entre o futebol e a política, a política e o futebol, e bem. Porque o futebol é o que se sabe. Agora é ver quem coloca mais cachecóis ao pescoço e quem está mais próximo dos jogadores. Acho que isso não faz sentido nenhum”, concluiu Pedro Santana Lopes, já depois de afirmar que “a política tem de ser [realizada] com coerência.”

José Bragança

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