Desporto

“Qatar não respeita os direitos humanos. Mas, enfim, esqueçamos isto”

O Presidente da República está envolvido em nova controvérsia por conta de palavras proferidas. Desta feita, o chefe de Estado comentou as polémicas em que a realização do Campeonato do Mundo está inserido nomeadamente em relação a questões dos Direitos Humanos. Mas disse, ao mesmo tempo, para que “esqueçamos isto”.

“O Qatar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal, mas, enfim, esqueçamos isto”, comentou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações na zona de entrevistas rápidas da RTP após o jogo da Seleção Nacional contra a Nigéria em Alvalade.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, que assistiu ao encontro e estará no Mundial a acompanhar a Seleção Nacional, “é criticável” a forma como o país do Médio Oriente se posiciona, mas, nesta altura, para o Presidente português convém que todos se foquem na Seleção lusa.

“Mas concentremo-nos na equipa. Começámos muito bem e terminámos em cheio”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Várias organizações internacionais têm criticado o Qatar pela forma como levou a cabo a construção dos estádios que vão receber o Campeonato do Mundo.

O país do Médio Oriente tem vindo a negar sempre estes relatos, mas o que é certo é que várias seleções vão jogar sob protesto no Mundial.

FIFA pede foco no futebol

A Dinamarca, por exemplo, não terá cores visíveis no emblema da equipa nórdica durante a competição.

E uma vez que são várias as seleções que já fizeram saber que vão ao Qatar para jogar mas o farão sob protesto, a FIFA já lançou um comunicado a apelar a que as equipas pensem apenas em futebol e nada mais.

Gianni Infantino, presidente da FIFA, lançou um comunicado destinado às 32 equipas que vão disputar o Mundial.

“Na FIFA tentamos respeitar todas as opiniões e crenças, sem pretender dar lições de moral ao resto do mundo”, lê-se na carta divulgada pela agência Reuters.

“Não deixem que o futebol seja arrastado para todas as batalhas políticas e ideológicas que existem”, disse o presidente da FIFA, isto numa altura em que várias seleções vão aproveitar o torneio para fazerem ouvir as causas ligadas à comunidade LGBT, face às discriminações que se queixam que existem no Qatar para com estas pessoas.

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