A Organização Mundial de Saúde prevê um aumento de obesidade nas sociedades mais desenvolvidas, o que representa uma fatura elevada a pagar, não só pelas pessoas que sofrem desse problema – é uma questão de saúde e bem-estar que está em causa –, mas também pelos estados.
Os sistemas nacionais de saúde investem cada vez mais no tratamento e cura de problemas relacionados com o peso excessivo. E como inverter esta tendência?
Hayden Peek, um designer britânico, desenvolveu uma ideia que poderá alertar os consumidores, bastando, para o efeito, dar-lhe a resposta para esta pergunta: “estará ele a consumir alimentos saudáveis?”.
Esta informação existe em muito dos produtos que ele consume (algumas embalagens já fornecem dados detalhados). Mas, e se os talões de supermercado ampliassem essa mensagem e fizessem soar o alerta?
A proposta de Hayden Peek consiste num cálculo feito de forma imediata, relativo às compras que são feitas no supermercado, e que fosse apresentado ao consumidor todas as informações sobre calorias, gorduras, gorduras saturadas, açúcar e sal.
Essa informação seria dada sob a forma de números, mas também com as cores verde, amarela e vermelha – verde quando as quantidades de produtos inimigos está dentro dos limites, vermelha quando os excede.
Assim, se à saída do supermercado o vermelho fosse a cor predominante, haveria motivos para preocupação. E se o vermelho fosse repetidamente a cor predominante, mais do que preocupação, deveria soar o alerta.
O problema da obesidade pode e deve ser combatido antes da sua ocorrência. Esta mensagem está bem enraizada, mas falta colocar “as informações certas no lugar certo”, defende Hayden Peek.
“Para acabar com o problema, precisamos de uma maneira ridiculamente simples, para que todos saibam o quão saudável é a sua dieta”, salienta Hayden Peek, que apresenta a sua proposta..
Os dados nutricionais de toda a loja seriam registados e imprimidos no recibo, usando o sistema de cor familiar e de fácil entendimento. Se há uma predominância de vermelho, é porque as nossas escolhas alimentares têm de ser melhoradas”, sugere.
Os supermercado podem participar nestas mudanças alimentares, com ferramentas que ajudem os consumidores a optar por produtos saudáveis.
A questão que se coloca: até que ponto uma alimentação saudável interessa às grandes superfícies? Até que ponto a indústria farmacêutica ‘precisa’ de pessoas obesas? As respostas podem ser dadas numa reação a esta ideia de projeto.
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