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E se dominássemos a malária mudando a alimentação dos mosquitos?

A mortífera e assustadora malária poderá ser combatida por via de uma mutação genética que determine a alimentação dos mosquitos. Trata-se de uma teoria do controlo dos insetos, que não entrou na área experimental, para lutar contra uma doença que mata três milhões de pessoas por ano. Um debate, a 21 de junho, pode abrir portas para esta tese.

A investigação está pronta a entrar no terreno e consiste em fazer alterações genéticas que permitam determinar a alimentação dos mosquitos responsáveis pela transmissão da malária. Através desse ‘domínio’, os cientistas acreditam que a doença pode ser combatida.

Para já, a teoria. Segundo explica à Lusa o investigador Carlos Ribeiro, membro do Programa Neurociências da Fundação Champalimaud, o primeiro passo desta pesquisa será um debate, no dia 21 de junho, que permitirá perceber o modo como o comportamento dos animais é influenciado pela necessidade de alimentação.

Ou seja, compreender até que ponto a necessidade de alimento torna os animais vulneráveis à comunidade científica. Se os resultados forem animadores, a malária – assim como outras doenças transmissíveis por via de insetos – poderá ser combatida na origem, ‘domando’ o responsável pela transmissão da doença.

O objetivo é, por via de uma alteração genética, impedir a picada num humano por parte do inseto transmissor de malária. Ou seja, através desse controlo dos genes, criar novos hábitos alimentares no inseto, para que o sangue humano não satisfaça o voador.

Os cientistas consideram que é possível modificar as preferências de alimentação dos insetos através de um domínio dos seus genes, para que estes optem por outro tipo de alimentação.

Neste debate, que contará com especialistas em alimentação, saúde e em genética, serão discutidas diversas vertentes da alimentação animal, com recurso ao conhecimento já adquirido em moscas, insetos já repetidamente usados semelhantes, em trabalhos de laboratório.

Na última década, a mortalidade associada à malária teve uma queda de 25 por cento, o que atesta o sucesso do combate à doença. No entanto, os resultados são “frágeis” e, num instante, podem “inverter-se”. O alerta partiu da Organização Mundial da Saúde, que no Dia Mundial da Malária, com um duplo apelo: para que a erradicação da doença continue a ser encarada como uma prioridade e para que haja mais investimento na investigação.

E é precisamente o caminho da investigação que o Programa Neurociências da Fundação Champalimaud prossegue, através de uma alteração genética. A malária mata cerca de três milhões de doentes por ano, em todo o mundo, sendo que afeta 500 milhões de pessoas picadas pelo inseto.

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