Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS, contestou a inclusão dos titulares de órgãos de soberania na próxima fase da campanha de vacinação contra a covid-19, à frente de vários grupos de risco.
O dirigente centrista considerou que a medida, ontem anunciada pela ministra da Saúde, Marta Temido, é “um péssimo exemplo” ao país, num momento em que a situação epidemiológica se continua a agravar.
“É indefensável colocar todos esses políticos à frente dos mais idosos, dos utentes dos lares, dos profissionais de saúde (tanto do público como do privado) e de outros grupos de risco que ainda não foram vacinados”, adiantou Francisco Rodrigues dos Santos, citado pelo Diário de Notícias.
Nas redes sociais, para além de criticar o “péssimo exemplo”, o presidente do CDS garantiu que, se tivesse prioridade, “cederia a vacina a um idoso”, como já tinha referido à saída da última reunião no Infarmed.
“É preciso cuidar de quem cuidou de nós, dos mais velhos, que estão a morrer como nenhum outro grupo etário, muitos deles sozinhos e sem um adeus”, justificou.
A mensagem do presidente do CDS foi reforçada pela Juventude Popular, que em comunicado, assinado pelo presidente, “desafia os detentores de cargos políticos” a abdicarem de serem vacinados contra a covid-19 à frente de vários grupos prioritários.
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