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Durão Barroso concorda com Cavaco Silva: “No futuro”, o FMI não tem lugar na troika

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defende que é “completamente contraproducente” retirar o FMI da troika nos programas em curso, mas sustenta que “no futuro há mais do que condições” para que o fundo não tenha “responsabilidades” conjuntas.

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (CE), ainda não partilha da ideia de Cavaco Silva, que defende a saída do Fundo Monetário Internacional (FMI) da composição da troika. O antigo primeiro-ministro defendeu, hoje, que seria “completamente contraproducente” afastar a instituição dos programas de ajustamento em curso, mas admite essa opção “no futuro”.

“É contraproducente qualquer reformulação da composição da chamada troika em pleno processo, em que os programas de ajustamento económico e financeiro que constituem a condição para a ajuda externa aos países sem acesso ao mercado da dívida já estão desenhados, aprovados e em aplicação”, afirmou Durão Barroso, numa conferência de Imprensa em que teve a companhia do Presidente da República.

“No futuro – e tenho que vincar no futuro – penso que há mais do que condições, se os governos quiserem”, argumentou o presidente da CE, sustentando – tal como Cavaco – que têm de ser os países europeus, “na plenitude das suas responsabilidades”, a gerir os destinos dos membros da União Europeia (UE).

Durão Barroso deixou entender que a presença do FMI foi imposta por “alguns governos”, apontando o dedo – sem dizer o nome – à Alemanha e a outros países do norte. Ter o fundo com a mesma força da CE e do Banco Central Europeu (BCE) foi uma “condição essencial” devido, alegadamente, à maior experiência do FMI na construção e aplicação de programas de ajustamento.

Na mesma conferência, o político aproveitou para responder às críticas, cada vez mais acentuadas, de que é alvo por parte de vários países da UE devido à crise que a Europa atravessa. Durão Barroso alegou que as instituições comunitárias “atuam dentro de um mandato que lhes é dado” pelos governos, pelo que descartou responsabilidades.

“Não são nem a Comissão Europeia, nem o BCE, nem o FMI que tomam as decisões quanto ao programa da Grécia, da Irlanda, de Portugal ou de Chipre”, frisou o presidente da CE, justificando que as decisões foram tomadas “por unanimidade” pelos membros da UE, tenham eles “governos de direita, de esquerda, de centro, de centro-direita, de centro-esquerda”.

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