Desporto

Dois membros da Assembleia-Geral do Sporting pedem demissão

A vice-presidente da mesa da Assembleia, Eduarda Proença de Carvalho, e um suplente, Diogo Orvalho, pediram a demissão, nesta quinta-feira, alegando falta de condições.

São as duas primeiras demissões na estrutura leonina, na sequência da crise que afeta o clube após agressões de alegados adeptos à equipa de futebol e detenções no clube por suspeita de corrupção desportiva.

Em carta dirigida a Jaime Marta Soares (Assembleia-Geral), Bruno de Carvalho (Direção) e Nuno Silvério Marques (Conselho Fiscal), Diogo Orvalho alega, segundo a mesma fonte do clube, não existirem condições para a sua continuidade.

Diogo Orvalho já teria tentado junto dos seus pares da AG a queda do órgão há mais de um mês, mas terá agora avançado a título individual, num momento em que, segundo a mesma fonte, entende existir uma falta de decisão e rumo.

O dirigente demissionário entende ainda que não estão reunidas condições para clarificar o futuro do clube, sobretudo após a direção ter pedido na quarta-feira uma AG para “auscultar os sócios”, ao invés de apresentar a demissão, referiu a fonte.

Para Diogo Orvalho, a própria AG, que também convocou uma reunião com a Direção e Conselho Fiscal na segunda-feira, veria assim esvaziado o propósito “do que se pretenderia e impunha”, que seria a demissão coletiva dos órgãos sociais, acrescentou a fonte.

Também a vice-presidente da mesa da Assembleia, Eduarda Proença de Carvalho, tomou a mesma decisão.

As demissões surgem um dia depois de o Ministério Público ter avançado com buscas em Alvalade e domiciliárias, relacionadas com suspeitas de atos de corrupção e que levaram à detenção de quatro pessoas, entre as quais André Geraldes, diretor para o futebol do Sporting.

Na terça-feira, cerca de meia centena de elementos, de cara tapada, alegadamente adeptos ‘leoninos’, invadiram a Academia de Alcochete e agrediram vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, e membros da equipa técnica.

A GNR deteve 23 dos atacantes e as reações de condenação do ataque foram generalizadas e abrangeram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

Face às críticas, Bruno de Carvalho negou hoje, em comunicado enviado à Lusa, qualquer responsabilidade pelo ataque na academia, rejeitou demitir-se da presidência do Sporting e anunciou que vai processar Ferro Rodrigues, bem como comentadores e jornalistas por o terem “difamado e caluniado” após os atos de violência em Alcochete.

 

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