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Distribuição de dividendos é “engenharia financeira” para a “descapitalização” da Petrogal, acusam trabalhadores

A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal manifestou-se hoje contra a distribuição de 314,7 milhões de euros em dividendos aos acionistas e fala em “engenharia financeira” e descapitalização da empresa”.

“A Administração anunciou que manterá a distribuição de dividendos nos termos previstos. Na assembleia-geral de acionistas agendada para dia 24 de abril será muito provavelmente aprovada a proposta de entrega da segunda tranche dos 577 milhões de euros distribuídos em dividendos aos acionistas, relativos a 2019”, lê-se num comunicado enviado pela CCT da Petrogal, que pertence ao grupo Galp.

O valor em causa, diz, corresponde a um aumento de 10% face ao ano anterior, apesar de os resultados do grupo terem caído 21%.

Dos 577 milhões, os acionistas já receberam o dividendo intercalar de 262,25 milhões em setembro, faltando 314,7 milhões, caso seja aprovada a sua distribuição na próxima assembleia-geral.

A CCT sublinha que, caso aconteça, “será distribuído aos acionistas mais valor do que o criado pelos trabalhadores”, uma vez que o resultado líquido (RCA – ‘Replacement Cost’ Ajustado) apresentado pela empresa em 2019 foi de 560 milhões de euros.

“É absurdo e imprudente, num contexto de elevada incerteza, que se distribua mais valor aos acionistas do que realmente se produziu. Vale a engenharia financeira, do ilusionismo ou da descapitalização da empresa/grupo”, defende a estrutura que representa os trabalhadores.

A CCT acusa ainda a administração de ter duplo critério, favorecendo os acionistas, enquanto rasga contratos com trabalhadores e pequenas e médias empresas que prestam serviços à Petrogal, “ao mínimo sinal de dificuldades”, face aos efeitos da pandemia de covid-19.

“A Administração continua a demonstrar não saber lidar com a realidade em que vivemos. Continua, alegremente, como se nada tivesse acontecido, como se o mundo e a humanidade não vivessem um episódio dramático da sua história”, aponta a CCT.

O primeiro-ministro, António Costa, é também alvo das críticas da CCT, a quem acusam de ser líder de um Governo que “permitiu e permite a fuga de milhões de euros que voam todos os anos para a Holanda e agora esbraceja perante eles por não quererem assumir o risco da dívida dos Estados mais afetados pela pandemia de covid-19”, entre eles Portugal.

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