Detido presidente do Turismo do Porto e Norte por suspeitas de corrupção

O presidente do Turismo Norte foi detido, nesta quinta-feira, por suspeitas de corrupção. A Polícia Judiciária do Porto comanda a operação que levou à detenção de Melchior Moreira.

Na base da investigação está um alegado esquema do qual Melchior Moreira é suspeito de ter desviado vários milhões de euros para fins particulares.

Em comunicado, a PJ revela que procedeu à detenção de cinco pessoas, na sequência de buscas a entidades públicas e sedes de empresas.

A investigação suspeita de viciação de procedimentos na contratação pública no valor de vários milhões de euros.

Além de Melchior Moreira, foram detidas mais duas pessoas associadas ao Turismo Porto e Norte de Portugal, além de dois empresários, indica a edição ‘online’ do Correio da Manhã.

Trata-se de um alegado “esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto com o desiderato de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular”.

Numa operação que envolveu 50 inspetores da PJ (entre os quais peritos informáticos e peritos financeiros e contabilísticos), esta investigação direcionou-se nas localidades de Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo.

Foram feitas 11 buscas domiciliárias e não domiciliárias.

Os detidos vão ser presentes a interrogatório judicial e serão depois determinadas as medidas de coação a que ficam sujeitos.

A Secretaria de Estado do Turismo remeteu eventuais comentários para mais tarde.

Já em 20 de junho, a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto tinha anunciado a constituição de cinco arguidos numa investigação à atividade desenvolvida por uma “entidade ligada à promoção do turismo”, que se confirmou ser o Turismo Porto e Norte, por alegados crimes de corrupção, peculato e abuso de poder.