Categorias: Economia

Despedimentos na PT? “Temos de ser muito cuidadosos”, admite CEO

A compra da PT Portugal pode implicar o despedimento de trabalhadores. O presidente executivo, Armando Almeida, reconheceu que “a empresa tem gestores a mais” e não descartou a possibilidade de haver despedimentos: “É parte das regras deste jogo”.

A compra da PT Portugal pela francesa Altice está a preocupar os trabalhadores, reconheceu o presidente executivo, Armando Almeida.

Ao abordar o plano estratégico da empresa, numa iniciativa promovida pela APDC, o CEO admitiu que a PT precisa de uma “uma estrutura de custos que seja mais competitiva”, o que pode passar por despedimentos.

“Achamos que a empresa tem gestores a mais e precisamos trabalhar essa área”, afirmou Armando Almeida, citado pela Exame, evitando entrar em números: “Estamos passando por uma fase de possível venda, temos de ser muito cuidadosos, é parte das regras deste jogo”.

“A PT Portugal não tem uma estrutura de custos que seja competitiva e precisamos que seja mais competitiva”, insistiu o CEO.

Nas contas do dirigente, o grupo emprega mais de 11 mil pessoas, aos quais se somam 5000 colaboradores em pré-reforma ou suspensos e mais de 16 mil que trabalham em regime de ‘outsourcing’.

Aproveitando que existem “gestores a mais”, o presidente executivo explicou que o plano estratégico passa por aproveitar o ‘insourcing’: deslocar esses quadros “a mais” para funções que, neste momento, são realizadas por pessoas e empresas externos ao grupo.

“Estamos convencidos que é um bom plano para a empresa, independentemente do acionista. É um plano de longo prazo mas que tem de ser implementado já em 2015”, argumentou Armando Almeida.

Aproveitando o momento, o CEO tentou esclarecer a “grande confusão no mercado” que existe entre a PT Portugal e a PT SGPS.

“Acho muito importante a separação entre as duas empresas”, avançou: A PT Portugal “tem ativos”, como as operadoras Meo e Sapo, e é controlada pela Oi; “a outra”, a PT SGPS, “é um veículo financeiro” e assumiu a dívida de quase 900 milhões de euros da Rioforte (do Grupo Espírito Santo), mas também tem uma participação de 25,6 por cento na Oi.

A empresa brasileira vai vender os ativos da PT Portugal à Altice, depois de ter rejeitado uma oferta inferior feita pelo consórcio Apax, Bain (ambos fundos de investimento) e Semapa.

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