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Despedida do Canadá “foi difícil”, revela família portuguesa à chegada aos Açores

Os dez elementos da família Sebastião, que estava ilegal no Canadá, embarcaram com destino a Ponta Delgada, Açores, num voo das linhas aéreas Sata, chegando a solo nacional nesta sexta-feira. “Foi uma despedida difícil…”, revela Paulo Sebastião, que tem de construir um novo futuro, em São Miguel, após a deportação.

O advogado que acompanha o caso tentou, através de diversas diligências, evitar a deportação da família Sebastião, que partira para o Canadá há 10 anos, em 2011, e se encontrava em situação ilegal. Mas o causídico não conseguiu demover as autoridades canadianas.

Antes do embarque da família, o advogado recebeu um email do gabinete do primeiro-ministro do Canadá, que não fez mais do que informar que o caso seria tratado pelos responsáveis pela área a emigração e segurança pública.

O chefe de Governo daquele país compreendeu as circunstâncias desta história, mas lembrou que os membros do executivo têm o seu campo de ação limitado por restrições legais, neste tipo de situações.

À chegada, a família falou de “uma despedida difícil”, marcada pela dor do corte de raízes que foram crescendo ao longo de uma década, com a agravante de os filhos e netos terem de enfrentar uma realidade totalmente nova.

Ilegais, mas com raízes no Canadá

A família portuguesa encontrava-se ilegal no Canadá e recebeu ordem de deportação. São dez pessoas que foram obrigadas a deixar o país onde residiam: pai, mãe e quatro filhos, entretanto avós e pais, respetivamente, de mais quatro crianças nascidas em Toronto.

A família chegara ao Canadá em 2001, sendo que o processo de repatriamento se iniciou em 2007. Desde então, a família tem tentado, por todas as vias legais, evitar a deportação determinada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Perante a iminência do regresso forçado desta família, o Governo português tentou evitar a deportação, enviando uma carta a pedir clemência às autoridades canadianas. Mas não obteve sucesso. O Governo Regional dos Açores, entretanto, manifestou disponibilidade para apoiar estes dez cidadãos, arrendando uma casa em Rabo de Peixe (São Miguel).

Para trás, ficará uma década de vida e todas as raízes criadas pela família, durante este período. A deportação não foi travada e os dez elementos da família Sebastião começam uma vida nova, em solo português.

Redação

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