É, quase, uma inversão da fábula do coelho e da tartaruga: a Alemanha, a economia mais poderosa da União Europeia, está descontente pela forma como alguns dos países periféricos mais afetados pela crise têm sido “lentos” na recuperação económica. Este será, à partida, um dos resumos do relatório económico que o Governo alemão está a terminar para apresentar em janeiro, mas que hoje foi antecipado pelo jornal Der Spiegel.
A equipa de Angela Merkel critica países como Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha por alguns indicadores, como é o caso da competitividade laboral: os alemães elogiam a descida dos custos laborais, mas criticam que tal se deva, “em grande parte, à redução de emprego” e, como é o exemplo da Grécia, com o abrandamento da procura interna.
Os países periféricos até podem estar no “caminho correto”, como é salientado no documento, mas a “competitividade melhora lentamente” (à exceção da Irlanda) e não se coaduna com o ritmo pretendido pela Alemanha para a recuperação económica da União Europeia.
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