Descontinuação do Skype no Windows Phone explica muito do fracasso da Microsoft

A Microsoft deixou de dar suporte ao Skype a 85 por cento dos dispositivos equipados com o Windows Phone, sendo que todos eles estão equipados com o Windows Phone 8 ou 8.1 e, por esse motivo, são incompatíveis.

Foi este mês que acabou o suporte para o Skype aos utilizadores que ainda tinham dispositivos com o Windows Phone 8 e 8.1, 85 por cento, segundo dados da própria Microsoft. Também utilizadores com versões antigas do Android ficarão sem o Skype.

No caso do Windows Phone, e falando um pouco da curta história da Microsoft no segmento mobile, isto pode explicar um pouco o fracasso da marca de Redmond nesta área, quando percebemos o porquê do Windows Phone não ter “pegado”.

Desde a primeira versão do Windows Phone, a 7, que a Microsoft nunca foi muito coerente em relação ao que queria no segmento mobile. “Aniquilou” os utilizadores da versão 7, deixando-os sem updates, com a desculpa de ter de dar um passo em frente.

Esse passo seria o Windows Phone 8. A partir daqui, todos os utilizadores teriam updates durante anos, prometera a Microsoft. Mais um engano! Mudou para o Windows 10. Agora é que é! E, mais uma vez, utilizadores ficaram para trás, sem updates.

A desculpa agora é que dispositivos com apenas 1GB de RAM não suportavam todas as funcionalidades do Windows 10 e, como tal, teriam, de ficar para trás. Mais um tiro no pé, mais uma contradição para com os utilizadores.

Se a Microsoft sabia que estes dipositivos não eram suportados, porque lançou, há um e dois anos, dispositivos com apenas 1GB de RAM? Mais um tiro no pé.

Como se não bastasse, durante todo este tempo a Microsoft lançou as suas aplicações para as plataformas rivais, como o Excel, Outlook, tradutor, etc… com uma particularidade, dispunham de mais funcionalidade do que no próprio Windows. Estranho? Talvez.

A descontinuação do Skype, para estes dispositivos, revela bem o fracasso da Microsoft e a sua contradição sobre o que queria para o segmento mobile, acabando por fazer aquilo que a Google fez há anos com o Android: desenvolver o software e deixar o resto para os fabricantes de hardware.

Mesmo passando para as várias fabricantes o desenvolvimento dos dispositivos, e tendo em conta o passado recente, quem é que vai migrar para o Windows 10 Mobile com a consequente falta de aplicações e fragmentação de dispositivos?

Dá para voltar a confiar na Microsoft no segmento mobile depois das várias contradições? Se calhar, não.

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