Daniil Kvyat surpreende com o Toro Rosso no terceiro dia de testes em Barcelona

Quando tudo parecia apontar que Kimi Raikkonen fosse o mais rápido do terceiro dia de testes em Barcelona, foi Daniil Kvyat a surpreender tudo e todos com o Toro Rosso e a lograr a melhor marca da jornada.

Raikkonen conseguiu bem cedo mostrar que o Alfa Romeo Sauber podia ser a referência de hoje ao realizar uma volta ao traçado catalão em 1m17,762s durante a sessão da manhã, superando Sebastian Vettel em 0,588s.

No entanto à tarde as condições do Circuito da Catalunha alteraram-se e tudo foi ligeiramente diferente e mesmo com pneus mais duros Kvyat conseguiria superar Raikkonen, mostrando que talvez a Toro Rosso possa causar mais surpresas quando a época de Fórmula 1 começar.

O piloto russo realizou uma volta em 1m17,704s a poucos do final da sessão, que terminou com bandeiras vermelhas depois do Haas de Romain Grosjean ter ficado parado na pista.

Num dia marcado por algumas saídas de pista, nomeadamente de Max Verstappen e Carlos Sainz Jr, e da estreia do Williams FW42 em Barcelona, Kimi Raikkonen ficou a 58 centésimas de Kvyat, com Daniel Ricciardo a realizar o terceiro tempo.

Apesar de ter sido o mais rápido dia, Kvyat referiu que não estava a forçar o andamento no momento em que ‘assinou’ a melhor marca, mostrando a boa velocidade de ponta do STR14, combinado com o motor Honda.

“Não diria que estava a andar a fundo. Durante os testes não queremos terminar o dia contra o muro, mas temos o desejo de sentir o máximo de sensações possível ao volante, pelo que não podemos andar como se fossemos um ‘chauffeur’. Não correu nada mal”, afirmou o russo.

“Mentiria se disse que não estava contenta com a performance do dia, mas temos de nos manter realistas. Devemos continuar a trabalhar no duro, fazer voltas e compreender melhor o carro para extrair dele mais performance”, adiantou também Kvyat.

O piloto da Toro Rosso foi um dos mais assíduos em pista, contrariamente ao que tinha sucedido dois dias antes: “Gostaria de ter rodado mais no primeiro dia, mas tínhamos d recuperar o tempo perdido hoje. Se pudesse ter feito 200 voltas teria o feito de boa vontade. O meu pescoço não ia gostar, mas falo-ia de bom grado”.

“A prioridade foi reagir após um primeiro dia que não foi o ideal. O pessoal na equipa deve estar satisfeito com o que fizemos. É preciso continuar neste caminho, cumprir quilómetros, recolher o máximo de informações possíveis para os engenheiros da Honda e fazer crescer a confiança em conjunto”, acrescentou Daniil Kvyat.