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Custo da vacina impede pais de protegerem as crianças contra a meningite

O custo da vacina contra a meningite está a levar alguns pais a não protegerem os filhos. A denúncia partiu da Sociedade Portuguesa de Pediatria, com uma das dirigentes a lembrar que esta doença pode provocar sequelas graves ou mesmo a morte em crianças.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Meningite, uma das principais manifestações da Doença Invasiva Pneumocócica (DIP), a par da pneumonia e das otites, e que pode provocar sequelas graves ou mesmo a morte em crianças. Porém, há em Portugal quem não tenha dinheiro para vacinar os filhos. “A vacina é cara e por motivos económicos, nem todos os pais podem vacinar as suas crianças. Há crianças que infelizmente não têm porque os pais não têm disponibilidade económica para a comprar”, denunciou Maria João Brito.

Esta dirigente da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) recordou que a doença pode deixar sequelas graves ou provocar a morte. Entre 2008 e 2010, a DIP afetou 289 crianças, 127 das quais só em 2009 e 2010, quando as medidas de austeridade já se faziam sentir de forma mais veemente.

Maria João Brito, responsável da secção de Infeciologia Pediátrica, recordou que a vacinação é a melhor forma de prevenir a meningite, mas que os custos associados à não integração da vacina no Plano Nacional de Vacinação (PNV) levam muitos progenitores a não ter condições para a pagar: as quatro doses custam cerca de 300 euros.

Os riscos são gravíssimos: “as sequelas podem ir desde atrasos mentais, atrasos do desenvolvimento, epilepsias, surdez, uma série de complicações”. Daí que seja “importante que todas as crianças sejam vacinadas, porque isso diminui o risco da criança vir a ter meningite”, bem como reduz o risco da doença se propagar a outras faixas etárias.

“Não evita a 100 por cento, mas diminui o risco de se poder ter determinada meningite, consoante a vacina em causa. Para além disso, estas vacinas que habitualmente estão disponíveis para prevenir meningites têm uma outra vantagem, que é o facto de diminuir a doença por aquela bactéria na comunidade em geral, ou seja, pode-se também diminuir a doença noutras populações que não pediátricas, nomeadamente na idade adulta”, reforçou a dirigente da SPP.

Recordando as estatísticas dos casos de DIP entre 2008 e 2010, a médica salientou que, nas crianças infetadas, 50,9 por cento tinham menos de dois anos e 24,9 por cento tinham idade superior a cinco anos.

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