Cura do HIV: Cientistas britânicos mais perto de acabar com a sida

Uma equipa de cientistas de cinco universidades britânicas revelou que um homem deixou de ser portador do vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla internacional), mas não sabem se é possível desenvolver uma cura.

Os investigadores estudaram uma nova terapêutica e constataram, com maior surpresa do que satisfação, que um dos 50 voluntários – todos seropositivos – chegou ao final sem acusar o vírus no sangue.

Dada a fase inicial do ensaio, os resultados estão a ser encarados com muita prudência, apesar desta nova terapêutica poder ter aberto a porta ao desenvolvimento de uma cura para a sida.

Os cientistas lembram ainda que é preciso esperar para medir a eficácia do tratamento a longo prazo, pois neste momento nada garante que o homem esteja efetivamente curado, mesmo que não acuse o HIV.

O ensaio foi composto por três etapas, com a administração de antiretrovirais aos voluntários, para evitar que as células T (as células do sistema imunitário que são atacadas pelo vírus) espalhassem a infeção.

Numa segunda etapa, os cientistas administraram um outro vírus, para estimular uma resposta do sistema imunitário contra as células T infetadas.

Por fim, os pacientes receberam uma dose de vorinostat, uma substância que ativa células T adormecidas, tornando-as prontas a serem destruídas pelo sistema imunitário.

Esta técnica, batizada informalmente de ‘expulsa e mata’, é já vista como a base para a futura cura da sida, através da remoção de todas as células que possam contribuir para o disseminar da infeção.

“Será sensacional se estiver mesmo curado”, afirmou o voluntário, sob anonimato (sabe-se apenas que é britânico e tem 44 anos), ao The Sunday Times: “O meu último teste ao sangue foi há algumas semanas e não havia vestígios do vírus. Pode, porém, ter sido um efeito dos antiretrovirais, por isso temos de esperar para saber”.

Até hoje, a comunidade científica admite apenas um caso de HIV curado: o do norte-americano Timothy Ray Brown, que tinha leucemia e recebeu um transplante de medula de um dador imune ao vírus.

Três anos depois do transplante, Brown não tinha sinais nem da leucemia, nem do HIV.

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