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Cristas admite Estado a produzir medicamentos mas só se for mais barato

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, admitiu hoje que a proposta do PCP de produção de medicamentos pelo Estado poderá ser uma ideia interessante, mas apenas se ficar mais barata.

“Se for conveniente, se tiver recursos para isso, e se não ficar mais caro, podemos estar a falar de um caso interessante. Já se ficar mais caro, se não houve recursos para isso, não me parece que seja um bom caminho”, defendeu Assunção Cristas.

A líder do CDS-PP falava aos jornalistas após uma visita ao Hospital Amadora-Sintra, no âmbito da qual reuniu com a administração daquela unidade hospitalar, acompanhada das deputadas Isabel Galriça Neto e Ana Rita Bessa e de dirigentes locais centristas.

Assunção Cristas referia-se a um projeto de lei do PCP para converter o Laboratório Militar em Laboratório Nacional do Medicamento, pondo o Estado a produzir medicamentos, com o objetivo de reduzir o seu preço face à produção privada.

“Para nós, não há nenhum dogma em matéria de o Estado poder fazer ou não fazer”, começou por dizer a presidente do CDS, prometendo estudar a iniciativa legislativa dos comunistas.

Assunção Cristas insistiu que os centristas não têm “uma visão ideológica e dogmática”, mas uma “visão prática, que tem a ver com as condições efetivas que existem ou que se podem criar com facilidade e com vantagem para a qualidade [dos cuidados de saúde] e para o erário público”.

No Amadora-Sintra, o CDS teve a “confirmação de que as dívidas estão elevadas” no setor da saúde.

“Os reforços de capitais quando aparecem não permitem fazer investimentos que são muito necessários, nomeadamente, no alargamento da urgência, mas são canalizados para pagar precisamente essas dívidas e, ainda assim, elas continuam muito elevadas”, acrescentou.

Naquele hospital da Grande Lisboa, Assunção Cristas ouviu ainda “grande crítica” que encontra “um pouco por todo o país”, de “exiguidade dos recursos humanos”: “Faltam médicos, faltam enfermeiros, apesar de haver algum esforço nesse sentido. Estamos a falar do hospital com a pior relação entre número de enfermeiros e camas existentes”.

“O Ministério da Saúde não falta com a palavra e o conforto, mas falta com a execução e com a ação consistente para resolver os vários problemas, que depois ficam perdidos nos corredores do Ministério das Finanças,

à espera dos despachos e da libertação das verbas necessárias”, afirmou.

A saída de profissionais, recentemente 24 enfermeiros, é um efeito da das 35 horas na administração pública que é sentida no Amadora Sintra, que dispõe de um acordo de empresa segundo o qual vigoram 36 horas semanais.

“Não somos contra as 35 horas, nunca o fomos, mas somos contra a forma como Governo não preparou a passagem para as 35 horas. Se o Governo queria tomar essa decisão, tinha de a tomar de forma consistente, consequente, procurando saber onde ia buscar as verbas”, disse Assunção Cristas.

Lusa

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Lusa

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