Tecnologia

A criação de um robot que “pode salvar a democracia”

A promessa é a de que a Inteligência Artificial terá que ser posta ao serviço da sociedade. É o pacto realizado entre dois amigos engenheiros – um entretanto já morreu – nos Estados Unidos, assim que começaram a desenvolver um software capaz de se ir programando à medida da informação que vai assimilando.

À medida que a tecnologia se vai desenvolvendo rapidamente, expressões como “assistentes virtuais” ou “robots programados” vão-se tornando cada vez mais usuais. Há, contudo, uma novidade neste sentido. As eleições autárquicas estão ao virar da esquina e, como tal, que tal receber um conselho extra? Naturalmente que não será tão simples assim, mas poderá não estar tão longínquo como se imagina.

A ideia de Mounir Shita, de 31 anos, fundador da empresa Kimera Systems e criador de Nigel, um software capaz de se ir programando à medida dos dados que vai recebendo.

“O objetivo é que Nigel averigúe quem és, qual a tua ideologia e a adote. Queremos que confies nele e te sirva no teu dia a dia”, explicou Shita à BBC.

O processo é naturalmente demorado pois requer um tempo de aprendizagem. Para já, Niguel apenas aprendeu tarefas simples como passar o telemóvel para o modo silêncio quando entra numa sala de cinema, por exemplo. Os engenheiros informáticos, contudo, acreditam daqui em diante os dados serão absorvidos muito rapidamente. Dentro de um ano já deverá saber ler e e escrever e, num futuro próximo, poderá ajudar-nos no debate político.

“Com ele vai ser fácil destrinçar as informações verdadeiras das falsas, evitando-se, assim, a manipulação política”, esclarece Shita, lembrando das dificuldades em enganar a Inteligência Artificial.

Mounir Shita é um fascinado pelo futuro que cresceu na Noruega. Mudou-se para os Estados Unidos em 2012, depois de terminar a licenciatura em engenharia elétrica e engenharia informática. Conheceu Nigel Deighton, que acabou por se tornar seu sócio na aposta em estabelecer uma relação mais humana com os computadores. Decidiram que a premissa seria a de que os computadores teriam de perceber o “porquê” e não apenas “o quê”.

Nigel Deighton morreria em 2013 – ficando o nome do projeto em sua homenagem – e a obrigação de pôr a Inteligência Artificial ao serviço da sociedade. Shita expressa a sua confiança ao dizer que “a Inteligência Artifical pode salvar a democracia”.

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