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Costa diz que se dá “mais atenção à bizarria” numa alusão aos novos movimentos inorgânicos

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que os novos movimentos políticos populistas e sindicais radicais têm “muito mais destaque” dos que os tradicionais, afirmando que se dá “mais atenção à bizarria”.

“É evidente que, como nós damos mais atenção à bizarria do que àquilo que é normal, esses movimentos radicais, seja de que natureza for, políticos ou sindicais, têm muito mais destaque e não é só cá, é um problema internacional”, disse António Costa numa emissão especial da Rádio Renascença para celebrar os 45 anos do 25 de Abril que terminou na madrugada de hoje.

O primeiro-ministro dá o exemplo das últimas eleições suecas, em que a base da emissão da estação de televisão Euronews era na sede do partido de extrema-direita da Suécia, “porque era a grande bizarria que ia ser o grande vencedor das eleições, mas ficou em quarto lugar”.

“Quando nós desvalorizamos quem fica em primeiro, segundo e terceiro, que eram os partidos ditos tradicionais, e damos atenção à bizarria de quem emergiu e ficou em quarto lugar, aí um dia arriscamo-nos a ficar na situação da França que, no fundo, tem duas escolhas: ou Macron ou a extrema-direita”, advertiu António Costa.

Para o líder socialista e primeiro-ministro, os sistemas políticos têm de “revelar capacidade para perceber as causas desses fenómenos e serem capazes de reagir”.

Na emissão em direto a partir do Palácio de S. Bento, o chefe do Governo falou ainda sobre as “fake news”, alertando que competir com elas será a morte do jornalismo.

A missão dos jornalistas é “mais importante do que nunca”, mas os profissionais da comunicação social têm que “resistir à tentação de reproduzirem as ‘fake news’ ou de quererem competir” com as notícias falsas, sublinhou.

Através das redes sociais, “qualquer pessoa pode produzir informação, mas também pode produzir desinformação”, advertiu.

“Isso é um fator de preocupação, mas também de enorme valorização do jornalismo como profissão. O risco é se o jornalismo não percebe que tem aqui uma grande oportunidade de valorizar, fazendo um tratamento profissional, rigoroso, sério daquilo que é a informação, estabelecer o barómetro do que é verdade ou se tem a tentação de, simplesmente, amplificar e reproduzir as ‘fake news’ que as redes sociais reproduzem”, afirmou António Costa.

Lusa

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