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Coração artificial implantado em doente cardíaco garante vida por cinco anos

Pela primeira vez, um coração artificial foi implantado com sucesso, na França. O órgão vai funcionar durante cinco anos, assegura o diretor da empresa que o concebeu. O doente cardíaco recebeu o coração na quarta-feira e está a reagir bem.

Uma equipa de médicos realizou um feito inédito: implantou um coração artificial num doente cardíaco, na França. O órgão foi desenvolvido após uma pesquisa de 25 anos da Carmat, uma empresa francesa que garante o funcionamento do coração artificial durante pelo menos cinco anos.

A intervenção cirúrgica foi realizada na quarta-feira, no Hospital Georges Pompidou (Paris), e o paciente, que sofria de insuficiência cardíaca terminal, tem reagido bem. “Estamos muito satisfeitos com este primeiro implante”, realçou Marcello Conviti, o diretor-geral da Carmat, embora reconhecendo ser “ainda cedo para tirar conclusões, uma vez que só foi feita uma cirurgia e ainda estamos na fase de pós-operatório”.

O órgão pesa três vezes mais do que um coração ‘verdadeiro’, mas a funcionalidade é idêntica, como assegura Philippe Pouletty, cofundador da Carmat: “imita totalmente um coração humano normal, com dois ventrículos que movimentam o sangue, como faria o músculo cardíaco, com sensores que permitem acelerar o coração, desacelerar, aumentar a cadência, diminuir a cadência”.

“O doente dorme, diminui; sobe escadas, acelera; por isso, não tem nada a ver com uma bomba mecânica”, complementou. Contudo, o Libération já avançou com algumas limitações: devido ao peso, só pode beneficiar apenas as pessoas mais corpulentas. O coração artifical, segundo o jornal, é compatível com 70 por cento dos tórax dos homens e 25 por cento das mulheres.

O órgão foi ‘fabricado’ pela empresa fundada por Alain Carpentier, o cirurgião conhecido por ter inventado as válvulas cardíacas ‘Carpentier-Edwards’. Com o objetivo de atenuar a falta de órgãos, as autoridades francesas concederam a autorização (em setembro) para uma cirurgia tão inovadora como arriscada. Este aparente sucesso abre a porta ao desenvolvimento de novas respostas para os doentes cardíacos, que ficam menos limitados à disponilidade de órgãos para transplante.

Salientando as bases científicas “sólidas” do coração artificial, a Carmat salienta que esta prótese poderá salvar dezenas de milhares de vidas por ano, garantindo aos pacientes a melhoria da qualidade de vida com um órgão que, apesar de artifical, não apresenta risco de rejeição.

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