Consumo de eletricidade recua dois por cento em junho em linha com primeiros seis meses

O consumo de eletricidade baixou 2 por cento em junho face ao mês homólogo de 2018, influenciado pelo impacto da temperatura e menor número de dias úteis, em linha com a queda ao longo do primeiro semestre, segundo a REN.

Segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis, a queda atenua-se para 0,2 por cento, praticamente em linha com o valor verificado no mesmo mês do ano passado.

Já no acumulado do primeiro semestre, o consumo registou uma quebra homóloga de 2,2 por cento, ou 1 por cento com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

As afluências às centrais hídricas mantiveram-se particularmente reduzidas em junho, com um índice de produtibilidade hidroelétrica de apenas 0,38 (quando a média histórica é igual a 1).

Na produção eólica, com condições ligeiramente acima do regime médio, o índice de produtibilidade respetivo situou-se em 1,03 (média histórica igual a 1) no mês de junho.

Ainda assim, em junho, a produção renovável abasteceu apenas 35 por cento do consumo nacional, a produção não renovável 57 por cento, enquanto os restantes 8 por cento foram abastecidos com recurso a importação.

Neste contexto, a produção nas centrais a gás natural acelerou 26 por cento em junho, mês em que o consumo nacional de gás natural registou um crescimento homólogo de 9,3 por cento.

No primeiro semestre, o consumo de gás natural registou um crescimento de 3,0 por cento, resultado das subidas de 8,6 por cento no mercado elétrico e de 1 por cento no mercado convencional.

Entre janeiro e junho, a produção renovável abasteceu 48 por cento do consumo, repartido pela eólica com 26 por cento, hidroelétrica 15 por cento, biomassa 5 por cento e fotovoltaica 2 por cento.

A produção não renovável abasteceu 41 por cento do consumo, repartido pelo gás natural com 27 por cento e pelo carvão com 14 por cento. Neste período, Portugal importou de Espanha o equivalente a 11 por cento do consumo.