Milhares de manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança na sexta-feira durante uma manifestação no centro na capital do Chile, abalado há dois meses por uma profunda crise social.
Por meio das redes sociais, os manifestantes reuniram-se como é habitual na Plaza Italia, o centro de protestos desde o início dos protestos dos cidadãos contra o Governo de direita Sebastián Piñera.
Como aconteceu há uma semana, quando eclodiram violentos confrontos entre a polícia e os manifestantes, a polícia antimotim assumiu o controlo da praça a meio da tarde (noite em Lisboa), procurando dispersar a multidão com jatos de água e gás lacrimogéneo.
Mas depois de quase duas horas de confrontos e depois de um incêndio num centro cultural próximo, milhares de manifestantes finalmente conseguiram chegar ao centro da praça, noticiou a agência de notícias France-Presse.
O movimento de protesto social que abalou o Chile desde 18 de outubro é o mais grave desde o regresso à democracia em 1990, resultando em 26 mortos e milhares de feridos.
Um aumento no preço dos bilhetes do metropolitano na capital foi o detonador da revolta social sem precedentes contra o Governo do Presidente, Sebastian Pinera. Apesar da suspensão da medida, o movimento cresceu, alimentado pelo ressentimento diante das desigualdades sociais.
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