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Ciberataques a governos estão a aumentar, mas colocam riscos limitados aos ‘ratings’

A agência de ‘rating’ Moody’s indica hoje que os ciberataques a governos estão a aumentar, mas colocam riscos limitados à qualidade de crédito dos países, com as economias maiores a apresentarem maior capacidade de suportar este tipo de ataques.

“A crescente interconectividade das redes digitais e o uso ampliado da tecnologia em serviços governamentais aumentou a exposição dos governos a ciberataques, quer através de ataques diretos aos sistemas, quer através do impacto de ataques sobre a economia em geral”, afirma a Moody’s numa nota de análise hoje divulgada.

A agência de notação financeira adianta que, “apesar dos governos de todo o mundo serem vulneráveis a ciberataques, os riscos associados à qualidade dos respetivos créditos são limitados”.

Segundo a Moody’s, “as economias mais avançadas, com instituições mais fortes, tendem a ter as estratégias de cibersegurança e capacidades de defesa mais desenvolvidas”, enquanto as economias regionais e locais “têm normalmente menos proteções e recursos financeiros mais limitados”.

A agência de notação financeira refere ainda que atores “mais sofisticados, incluindo grupos patrocinados por Estados com interesses geopolíticos,” visam geralmente atacar governos nacionais, sendo “frequentemente impulsionados por espionagem ou a intenção de afetar a política nacional, inclusivamente com a interferência em eleições”.

Já governos regionais e locais são alvo de ataques com vista a aproveitar oportunidades financeiras, porque os seus sistemas de tecnologia da informação podem ser vulneráveis a ‘ransomware'”, um tipo de ‘software’ malicioso (‘malware’) criado com o objetivo de bloquear o acesso a arquivos ou sistemas dos dispositivos, exigindo o pagamento de um valor (um resgate) para devolver o acesso.

Segundo a Moody’s, as capacidades de ciberdefesa “são frequentemente refletidas na força das instituições governamentais” e a agência prossegue que, apesar de uma estratégia de cibersegurança bem desenvolvida não reduzir necessariamente a vulnerabilidade de um governo a este tipo de ataques, “pode reduzir a gravidade de um ataque”.

“Uma forte capacidade de defesa a ciberataques pode ditar a rapidez com que um governo responde a um ataque, o que ajuda a reduzir o impacto na qualidade do crédito”, frisa a agência de notação financeira, acrescentando que esta capacidade passa pela existência de “amplos recursos de cibersegurança e equipas de gestão de incidentes e crises”.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Ciberataques

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