A primeira-ministra britânica alertou hoje o parlamento que um voto contra o acordo negociado com a União Europeia (UE) para a saída do Reino Unido resultará em “mais incerteza e discórdia” e porá em risco o Brexit.
“Se olharmos para a alternativa a este acordo com a UE, será ou mais incerteza, mais discórdia, ou existe o risco de não haver qualquer Brexit”, afirmou hoje Theresa May na sessão semanal de perguntas dos deputados.
O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, questionou a possibilidade de ainda serem feitos ajustes ao texto esta semana, antes do Conselho Europeu de domingo, mas May afirmou que o que está a ser negociado é a declaração sobre a relação futura.
“A futura relação é o que continua a ser negociado e é um pacote. O acordo de saída foi negociado em princípio e o pacote inteiro que será apresentado ao parlamento será o que vai ser considerado no Conselho Europeu”, vincou.
Theresa May viaja esta tarde para Bruxelas para um encontro com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, numa tentativa de finalizar um acordo para o Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia.
As duas partes anunciaram na semana passada ter chegado a entendimento sobre um documento que selou os termos da saída do Reino Unido da UE, mas continuam a trabalhar numa declaração sobre a futura relação.
Um Conselho Europeu extraordinário foi convocado para domingo em Bruxelas para os líderes da UE validarem o acordo, mas ainda persistem alguns pontos de desacordo com alguns países, nomeadamente Espanha e a questão de Gibraltar.
Theresa May está também sob intensa pressão de um grande número de deputados britânicos pró-Brexit e pró-UE que se opõem ao acordo de divórcio e que ameaçam chumbar o texto no voto a que será sujeito após o Conselho Europeu.
Hoje o ministro sombra das Finanças, o trabalhista John McDonnell, teve dificuldade em responder, num evento em Londres, o que vai acontecer se o acordo for chumbado, incluindo a possibilidade de um segundo referendo.
“As pessoas tomaram uma decisão num referendo e precisamos de um governo que respeite essa decisão e a implemente tendo em conta a proteção a longo prazo da nossa economia e de empregos. Mas também temos uma democracia parlamentar e qualquer processo precisa de uma maioria e é muito difícil prever nesta altura qual será o resultado final”, admitiu.
A ministra do Trabalho e Pensões, Amber Rudd, recrutada para substituir Esther McVey, que se demitiu na semana passada em desacordo com o documento para a saída, rejeitou o cenário de um Brexit sem acordo.
“A minha opinião é que, quando o acordo for apresentado no parlamento, será aprovado, mas também penso, pela minha experiência nas bancadas durante os últimos seis meses a falar com outros deputados, que o parlamento vai impedir a ausência de um acordo”, declarou à BBC.
Porém, confrontada hoje precisamente por Esther McVey sobre o risco de o Brexit não acontecer, Theresa May contradisse-se a si mesma e afirmou: “Posso dar a garantia de que o Reino Unido vai sair da União Europeia em 29 de março de 2019”.
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