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China acusa Londres de incendiar situação em Hong Kong após agressão a governante

A China acusou o Reino Unido de “atirar gasolina para o fogo” em Hong Kong, após o alegado ataque em Londres à secretária da Justiça da antiga colónia britânica, por manifestantes antigovernamentais.

“Exigimos que o Reino Unido investigue imediatamente os factos e faça tudo o que for possível para prender os autores e levá-los à justiça, e que garanta a segurança e a dignidade de todas as autoridades chinesas”, afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang.

A secretária da Justiça de Hong Kong, Teresa Cheng, caiu na noite de quinta-feira quando foi cercada por dezenas de manifestantes, em Londres, onde se preparava para falar num evento.

Tratou-se do primeiro confronto direto entre manifestantes e um alto quadro da antiga colónia britânica desde que os protestos começaram há quase seis meses em Hong Kong.

Vídeos do confronto mostram Cheng no chão durante as escaramuças, mas não é claro se foi empurrada. Logo a seguir, a secretária levanta-se e é escoltada por seguranças.

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, condenou hoje a “agressão bárbara”, que “violou os princípios de uma sociedade civilizada”, e afirmou que a secretária ficou “gravemente ferida”, apelando à polícia britânica que investigue.

Em resposta, a diplomacia chinesa culpou as autoridades britânicas pelo incidente.

“Há algum tempo que alguns políticos britânicos misturam o verdadeiro e o falso, obscurecendo atos violentos e ilegais em Hong Kong e mantendo contacto direto com manifestantes anti-China”, acusou Geng.

“Se o Reino Unido não mudar o seu comportamento e continuar a atirar gasolina para o fogo, semeando a discórdia e incitando (a desordem), vai pagar as consequências”, ameaçou o porta-voz de Pequim.

Teresa Cheng é um dos membros mais impopulares do Executivo de Hong Kong, sobretudo porque é considerada uma das principais arquitetas do projeto de lei, entretanto retirado, que permitira extraditar criminosos para a China continental.

Os departamentos que ela chefia são também responsáveis pelo processo judicial de milhares de manifestantes que estão presos desde junho.

O incidente ocorreu numa altura de escalada da violência em Hong Kong, depois de um manifestante estudantil ter morrido no início deste mês, após ter caído de um parque de estacionamento durante as manifestações.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁsiaChinahome

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